84 idosos participaram da formatura e ganham diplomas reconhecidos pelo MEC
Dequinha: "Realização do sonho de muita gente" |
Leandro Machado (Texto) - Felipe Bragança (Fotos) - Nunca é tarde para aprender. Movidos por este lema, 84 alunos do projeto MOVA-Brasil de Queimados, participaram, nesta segunda-feira (09), da formatura de conclusão do curso de alfabetização de idosos, que teve a duração de seis meses e levou muita emoção a professores, coordenadores, convidados e formandos que estiveram presentes na Igreja Batista Central, local da cerimônia. A formação foi realizada pela Prefeitura de Queimados, através Secretaria Municipal da Terceira Idade, em parceria com o Instituto Paulo Freire.
E para muitos, a caminhada em busca do conhecimento não para nesta etapa. Com o diploma reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), os formandos destas turmas serão encaminhados pela Secretaria Municipal de Educação para o Educação de Jovens e adultos (EJA), que visa levar o ensino médio para aqueles que não tiveram acesso à escola e, consequentemente, deixaram de concluir os estudos.
Professores (monitores) são homenageados |
O Secretário Municipal da Terceira Idade, José Alves de Carvalho (Dequinha), disse da emoção em participar da cerimônia de formatura: “A alegria em ver pessoas que passaram tantas dificuldades para concluir o curso é imensa. Agradeço a todos envolvidos e ao prefeito Max Lemos por conceder a oportunidade de realizarmos o sonho de tanta gente”, disse Dequinha.
Além do diploma
Senhor Antônio e dona Elisabeth recebem o diploma de conclusão do curso |
Muito mais que um diploma, para dona Elizabeth Nascimento, 60, moradora do bairro Santo Expedito, a conclusão do curso foi uma vitória pessoal. Seu esposo, Antônio Gomes, 70, sofre com epilepsia e suas crises eram constantes. Os dois foram apresentados ao programa e entraram juntos para deixar a condição do analfabetismo para ambos. Na formatura, dona Elizabeth se emocionou e contou sobre a mudança na realidade da vida do casal: “Eu não sabia nem escrever meu nome e, hoje, me orgulho quando pego a caneta e o papel. A outra conquista é lembrar que meu marido, além de analfabeto, era agressivo demais e sofria ataques epiléticos constantes e, depois que entramos no curso, ele não teve mais nenhuma convulsão”, comemorou a senhora.
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