Cerca de 200 casas
localizadas às margens do Rio Camorim, na altura dos Bairros Eldorado e Jardim
Alzira, em Queimados, estão sendo demolidas pela Prefeitura, através da
Secretaria Municipal de Habitação. O espaço em questão é considerado uma área
de risco social e imprópria para uma moradia digna. A demolição faz parte do
programa de controle para coibir invasões em áreas de risco, que foi
intensificado desde dezembro de 2013, quando a
cidade da Baixada
foi atingida pela maior chuva de sua história, deixando centenas de pessoas
desabrigadas. A ação já havia sido realizada nos Bairros Nova Cidade e Vila Zenith.
As famílias das casas demolidas estão recebendo aluguel
social no valor de R$ 500 financiados pelo Governo do Estado e serão
encaminhadas até dezembro de 2014, para os apartamentos do Programa Minha Casa,
Minha Vida, que estão em fase final de construção no Bairro Jardim da Fonte e
que ficam a 600 metros do local onde está sendo realizada a demolição. No
total, o programa prevê a demolição de 609 moradias localizadas em áreas de
risco em diversos pontos do município. A previsão é de que o serviço seja
concluído no prazo de 90 dias.
De acordo com o Secretário Municipal de Habitação, Cacau
Nogueira, a Prefeitura está agindo no sentido de eliminar riscos e oportunizar
melhorias para as famílias ribeirinhas. "As residências já se encontravam
em situações complicadas estruturalmente, que só pioraram com as chuvas de
dezembro. Os moradores estão recebendo o aluguel social e compreendem nosso
trabalho de demolição. É um serviço necessário para um benefício futuro de uma
área mais urbanizada. A missão traçada pelo prefeito Max Lemos é de acabar com
as ocupações desordenadas e oferecer condições dignas de moradia à população
ribeirinha.”, destacou Cacau.
A dona de casa, Rita Fernandes, 58, é uma das moradoras do
Bairro Jardim Alzira, que tiveram suas casas demolidas. Na chuva de dezembro de
2013, ele viu sua residência ser invadida por barro e lama e metade da
edificação desmoronar no Rio Camorim.
Após o
susto, Rita se conscientizou que precisava sair e proteger seus familiares. “Não
podia arriscar as vidas que estavam sobre os meus cuidados. O que tinha sobrado
da casa era um quartinho super apertado, onde até a nossa cama era improvisada.
Agora, estamos no aluguel social em condições muito melhores. Não vejo a hora
de ter minha casa própria”, disse Rita.
Recadastro
até agosto
As famílias que estão recebendo o aluguel
social têm até o dia 14 de agosto para realizarem o recadastramento do
benefício, que deve ser feito na Secretaria Municipal de Assistência Social
(Rua Eugênio Castanheiras, n° 176 - Centro/ Rua do Colégio Manuel Pereira), de
segunda a sexta, das 8h às 17h. Os interessados devem levar os seguintes
documentos (original e cópia): identidade, CPF, carteira de trabalho, laudo de
interdição da casa pela Defesa Civil do município, comprovante de residência
atual, cartão do Bolsa Família ou Número de Inscrição Social (NIS) pelo
CadÚnico, certidão de casamento (caso tenha), certidão de nascimento, título de
eleitor, identidade dos dependentes
e documentação do cônjuge do
titular do benefício.
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