Prefeitura direciona resíduos sólidos para aterro sanitário consorciado com outros quatro municípios e gastará R$ 20 a menos a cada tonelada recolhida nas ruas
Felipe Carvalho - Diariamente, cerca de 100 toneladas de lixo são recolhidas nas residências e comércios espalhados pelos quatros cantos do município de Queimados. Preocupada em dar destino correto aos resíduos sólidos e evitar a degradação do meio ambiente, a Prefeitura de Queimados começou a direcionar o material a um aterro sanitário consorciado com os municípios de Paracambi (sede), Mendes, Japeri e Paulo de Frontin. Além do tratamento adequado aos detritos recolhidos na cidade, a iniciativa vai gerar uma economia de mais de R$ 700 mil por ano aos cofres públicos.
Antes, a Prefeitura pagava em média cerca de R$ 65 a cada tonelada recolhida para os CTRs (Centro de Tratamento de Resíduos) de Seropédica e Nova Iguaçu, locais para onde os materiais eram direcionados. Com a mudança para o Aterro de Paracambi, vai gastar cerca de R$ 45 por tonelada. Na última segunda-feira (20), o prefeito de Queimados, Carlos Vilela, a prefeita de Paracambi, Lucimar Ferreira, o prefeito de Paulo de Frontin, Jauldo Neto e o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Mendes, Leandro Pereira Tavares se reuniram para a primeira reunião ordinária do consórcio de gestão de resíduos Centro Sul I, como ficou batizado.
O encontro serviu para que os novos prefeitos votassem o orçamento do consórcio, definissem as ações para o ano de 2017, além da escolha do diretor executivo, o advogado Cassio José Alves Garcia e da vice-diretora executiva, a Engenheira Florestal Francine Ramalho, que serão os responsáveis por tocar a parte administrativa da entidade.
A atividade foi conduzida pela superintendente de gestão de resíduos da Secretaria de Estado de Ambiente (SEA), Sheila Valle, que explicou as vantagens do consórcio para os municípios. “O grande benefício do aterro sanitário é que o custo é por escala, ou seja, todo o valor gasto com material e pessoal será dividido por cinco. Não importa se você leva 20 ou 200 toneladas, o gasto com equipamento e pessoal será o mesmo. Se um município fosse operar o aterro sozinho, o custo/tonelada ficaria altíssimo. No futuro, o consórcio pode vir a licitar a coleta seletiva de todos esses municípios”, previu.
Recompensa ambiental
Imagens: Tiago Loureiro/ SEMCOM PMQ |
Por não ter lixão na cidade – realidade até 2009 – e por dar destino correto ao lixo, o município de Queimados deve receber, ainda em 2017, R$ 1,2 milhão de ICMS ecológico (uma espécie de recompensa tributária a quem ajuda a conservar ou produzir serviços ambientais), segundo estimativa divulgada pela secretaria de Estado do Ambiente. “Não tínhamos um aterro sanitário, então, decidimos entrar num consórcio, que é a melhor alternativa sustentável e econômica. Vamos ter um acréscimo no nosso ICMS verde que será utilizado em ações de preservação ambiental”, garantiu o prefeito Carlos Vilela.
Coleta é referência
O consórcio está em funcionamento desde outubro do ano passado e a sede fica em Paracambi. O município de Queimados destina cerca de 100 toneladas por dia ao aterro sanitário. A coleta de lixo ocorre três vezes por semana em todos os bairros, sendo terças, quintas e sábados de um lado da linha férrea e às segundas, quartas e sextas do outro lado. Já na área comercial, o serviço acontece todos os dias, inclusive aos domingos após a tradicional feira livre, na Avenida Tinguá, no Centro. De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Rogério Brandi, “a coleta de lixo chega a 95% dos domicílios da cidade”.
Morador do bairro Jardim da Fonte, Jeferson Marinho, de 31 anos, programa as atividades de casa de acordo com o calendário da coleta de lixo, que passa bem em frente a sua residência três vezes por semana. “Aqui em casa sou eu que sempre tiro o lixo, então fico ligado nos dias certos de coleta. Nunca ficam sem passar por aqui, e assim é mais fácil manter o bairro mais limpo e livre de ratos, baratas e outros bichos”.
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