Arte como terapia ocupacional

Grupo de artesãs voluntárias de Queimados dará aulas gratuitas para pessoas que precisam recuperar a autoestima ou superar dramas psicológicos

Dine Estela - Nada melhor para recuperar a autoestima ou superar um problema psicológico que colocar a mão na massa e com muita criatividade. Esse é o lema de um grupo de artesãs voluntárias de Queimados, que se reuniram para realizar um trabalho terapêutico gratuito. Lideradas pela artesã e artista plástica, Rosane Fernandes, as mulheres darão aulas de artesanato duas vezes por semana, sendo às terças-feiras no Centro de Artes e Esportes Unificados do bairro São Roque (Rua Macaé, 430, São Roque) e às quintas-feiras na Associação de moradores do bairro Vila Nascente, ambas das 14h às 16h.

A ação conta com o apoio da Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, que cedeu o espaço do teatro, que conta com 60 cadeiras e é totalmente climatizado. “Estaremos sempre de portas abertas para receber projetos como este. Ele vem de encontro a ajudar as pessoas que precisam ocupar de alguma forma a mente. O artesanato propicia isso, por isso, que damos todo apoio a categoria”, destacou o secretário de Cultura, Marcelo Lessa.

De acordo com Rosane, o artesanato ajuda às pessoas a se livrarem de traumas e também melhora o aspecto da renda familiar. “Nossa profissão além de ser rentável, também é uma excelente terapia, porque a concentração no trabalho é tão intensa que não há tempo para pensar em mais nada. Estamos abrindo esta oportunidade para as pessoas que realmente precisam de tratamento terapêutico”, destacou.

Imagens: Tiago Loureiro / SEMCOM - PMQ

As aprendizes terão aulas de pintura em tecido, feltro, customização, garrafas decoradas, bordado, MDF, biscuit, fuxico, bijuterias, crochê, entre outras técnicas. Moradora do bairro São Roque, Ana Clara, de 36 anos, além de fazer sabonetes, aprendeu a decorar embalagem. “Estou muito feliz com este trabalho. Hoje, desempregada e sem renda busco me qualificar e melhorar a minha autoestima. Já me sinto uma artista” enfatizou.

O grupo trabalha com a demanda livre, ou seja, não há limite de vagas. Para participar, basta comparecer ao local das aulas.