Leandro Machado e Aline Lopes - O número de pessoas com autismo aumenta a cada ano. Um levantamento do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, revela que uma a cada 100 crianças nasce com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isto significa que no Brasil temos cerca de 2 milhões com este diagnóstico. E, nesta segunda (2), quando se comemora o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o município de Queimados, na Baixada Fluminense, realizou uma série de atividades sobre o tema cada vez mais presentes nas famílias.
Com atividades gratuitas, as secretarias municipais de Saúde, Educação e Direitos Humanos e Promoção da Cidadania, levaram o tema ao debate com o objetivo de uma maior conscientização do autismo. Foram realizadas palestras com profissionais da área no Teatro da Metodista, no bairro Pacaembu, e no auditório da Universidade Estácio de Sá, no Centro. Cerca de 400 pessoas participaram dos eventos.
Em conjunto, as secretarias municipais de Saúde e Direitos Humanos e Promoção da Cidadania, por intermédio da Coordenadoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, realizaram palestras com grandes especialistas sobre o assunto: os doutores João Gabriel Daher e a Roberta Silva. Eles explicaram sobre o autismo, primeiros sintomas, forma de tratamento e a importância do acompanhamento familiar e do apoio à família.
Presente à palestra no auditório da Universidade Estácio, o Prefeito de Queimados, Carlos Vilela, destacou a importância de dar assistência imediata para pessoas com autismo: “Todos precisam ter um atendimento médico de qualidade próximo de casa e, em nossa cidade, pessoas diagnosticadas com esta síndrome têm médicos capacitados para realizar tratamento, além do CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) e CAPSi (Centro de Atendimento Psicossocial Infanto-Juvenil) que são serviços por excelência para atendimento à população”, frisou.
O desafio também é grande para os familiares de autistas
Já a Secretária Municipal de Saúde e médica, Drª Lívia Guedes, ressaltou a necessidade de capacitação dos profissionais para um atendimento humanitário e eficaz: “Hoje nós temos muitas crianças diagnosticadas com este problema e, por isso, precisamos ter, cada vez mais, pessoas capacitadas para atendê-las e dar todo suporte à família, afinal, ele também precisam do apoio médico”, destacou.
E esse desafio vivido pelos familiares e amigos de pessoas com autismo foi o tema da palestra de Ulisses da Costa Batista. Ele é pai do autista Rafael Carvalho, de 13 anos, e um dos grandes defensores do tema. No encontro promovido pela secretaria municipal de Educação, no Teatro Metodista, cerca de 200 pessoas estavam presentes, entre eles professores, diretores, alunos da rede municipal e estadual e pais de crianças com autismo, o palestrante falou sobre os desafios a serem vencidos e também ressaltou detalhes da Lei Berenice Piana (Lei 12.764) que trata dos Direitos das Pessoas com autismo.
A luta pelos direitos do autista
Durante o evento, Ulisses destacou a luta para o reconhecimento legal do direto das pessoas com autismo, entre eles, o acesso às ações e serviços de saúde, ao atendimento multiprofissional, à nutrição adequada e à terapia nutricional, aos medicamentos e às informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento, acesso à educação e ao ensino profissionalizante, à moradia e à residência protegida, ao mercado de trabalho e à previdência e assistência social. “É dever de todo o cidadão, consciente, dar o melhor de si para que o convívio seja justo e solidário, fruto de processos culturais e educacionais, para que alcancemos uma organização social tão necessária quanto o ar que respiramos”, ressaltou.
O tema também é relevante para o secretário municipal de Educação, Professor Lenine Lemos. Ele é pai de uma criança especial e vive esta realidade no seu dia a dia: “A sociedade precisa de conscientização e, muitas vezes, o preconceito começa dentro de casa. Esta data é importante para avançarmos com estes conhecimentos para as escolas, templos religiosos, repartições públicas e, principalmente, para os lares. O autismo é uma realidade e precisamos falar abertamente sobre este tema. Este dia foi de muito aprendizado para todos nós, destacou.
Vive realidade?
ResponderExcluirEstuda em escola municipal sem mediadora?
Sem material escolar a 2 anos?
Sem uniforme?
Com falta de ventiladores?
Sem água?
Sem energia?
Em sala toda mofada?
É agredida dentro de sala de aula sem nenhuma medida ter sido tomada?
Encontra dificuldade em atendimento médico específico?
Tem seu atendimento no NAE cessado?
Vive sem pensão e sem loas?
Tem os 2 pais sem emprego?
Precisa entar na justiça pra receber o medicamento necessario para uma vida mais equilibrada?
Vive essa realidade???
Vive a minha e de meu filho!!d