Iniciativa vai preparar 50 jovens para o ENEM, o tão temido exame que dá acesso à universidade pública
Alunos e professores no pré-Enem 2017 |
Marina Mendes – Com o ano letivo já em andamento, os estudantes que pretendem prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) não podem perder tempo. Pensando nisso, a Prefeitura de Queimados, por meio da Coordenadoria da Juventude, está oferecendo 50 vagas, distribuídas por sorteio, para um pré-vestibular comunitário. A oportunidade é fruto de uma parceria com o Projeto Profº. Fábio Castelano e as inscrições podem ser feitas no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfhTLwZb46eAif1_ABFehe_kD13PBB-DqQz4EMKarNAfNc18w/viewform até o próximo dia 20.
O pré-enem social será voltado àqueles que desejam preparar-se para ingresso no ensino superior, mas não têm condições de pagar por um curso preparatório. E por isso, não se restringe a faixa etária, basta querer estudar. As aulas acontecerão todos os sábados, das 8h às 19h, no Centro de Esportes e Lazer Unificados (CEU Planeta Futuro). O local fica na Rua Macaé, nº 430, no bairro São Roque.
Para o Coordenador da Juventude e um dos idealizadores do projeto, Felipp Castelano, a ideia nasceu da vontade de ver as pessoas ingressando no ensino superior público. “Eu acredito que a única forma da sociedade mudar é pela educação. Mas não digo apenas pelo ensino fundamental e médio, é preciso que a escolaridade caminhe e vá em diante, rumo ao ensino superior, onde se tem leituras críticas e ganhamos uma nova visão de mundo, que pode ser transformadora em muitos aspectos”, declarou.
Dos 17 alunos participantes em 2017, 10 conseguiram ingressar em faculdades (institutos federais, Universidades Federais e PROUNI). Um desses exemplos de empenho e determinação é Juliana Pires, de 18 anos. Moradora do bairro Nova Cidade, a jovem soube do cursinho por uma amiga, e por não ter condições financeiras de pagar pelos estudos, não pensou duas vezes. Foram meses se dedicando e tentando escolher qual curso tentaria, e na hora da escolha, a História foi sua primeira opção, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Com a aprovação nas mãos, Juliana explica o sentimento de ter conseguido realizar um sonho que parecia muito distante antes dos intensivos estudos no pré-enem. “É muito bom ter conseguido chegar até aqui e hoje eu vejo como o curso me deu uma base não só nos estudos, mas também emocional. Se tornou parte da minha rotina, serei eternamente grata”, contou a futura historiadora.
Ao todo o curso possui nove professores, entre eles, Cristina Lopes, que é professora de Química. No projeto desde o início, ela conta que fazer parte do processo de aprovação em uma universidade é uma honra muito grande. “Eu sempre gostei de trabalhar com projetos sociais. Ver os alunos ultrapassando dificuldades e depois ingressando no ensino superior público de qualidade é uma felicidade imensa, é um orgulho tremendo”, conta a professora.
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