CEAM do município atende cerca de 200 mulheres com serviços jurídicos, psicológicos, sociais e administrativos
Aline Lopes - A cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil. Esta triste realidade é resultado dos dados levantados pelo site “relógios da violência”, do IMP (Instituto Maria da Penha). E, visando combater estes números, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem desenvolvendo estratégias efetivas de prevenção deste crime. E uma medida recente foi a realização, na última quarta-feira (6), do “VIII Fórum de Enfrentamento à Violência contra a mulher”, no auditório da Universidade Estácio de Sá, no município.
Com o tema “Violência de gênero e relacionamentos abusivos”, o fórum recebeu as palestrantes Selma Santanna e Ana Lourenço, que abordaram divers os pontos importantes referentes ao tema e alertaram sobre alguns sinais que podem apontar um relacionamento abusivo, por exemplo. Dentre as ações que devem ser percebidas são as seguintes: Se a pessoa verifica seu celular ou e-mail sem sua permissão; Se te afasta dos seus amigos e familiares; Se ele impõe o que você deve ou não fazer, entre outros comportamentos.
Só no município de Queimados, o Centro Especializado no Atendimento à Mulher (CEAM) acompanha com serviços jurídicos, psicológicos, sociais e administrativos, cerca de 200 mulheres todo mês. Elas foram vítimas de violência e procuraram ajuda no local que auxiliam a todas que precisam de apoio e orientação sobre o assunto. O órgão fica na Estrada do Lazareto, 85, Centro, e atende de segunda à sexta-feira, das 09h às 18h.
A Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006) define a violência contra a mulher em cinco tipos diferentes, são elas: sexual, física, psicológica, moral e patrimonial. E, se a motivação do crime for pelo fato da pessoa ser do sexo feminino, o caso é enquadrado na Lei do Feminicídio (13.104/2015), que prevê aumento da pena em 1/3 da pena quando cometido contra gestantes, menores de 14 anos, maiores de 60 anos ou pessoas com deficiência. A punição também é mais rigorosa se a agressão for cometida na presença de parentes próximos da vítima.
Para a Subsecretária Municipal de Saúde, Ruth Costa, é necessário realizar ações educativas como essas para combater esses problemas: “É importante ressaltar que independente da forma de violência pela qual a mulher seja exposta. Todas são danosas à saúde, tanto física, quanto mental, além de ser crime. Por isso, precisamos ser multiplicadores de informações e denunciarmos se, acaso, sofremos ou conhecermos alguém que sofra essas agressões”, declarou.
Se você sofre algum tipo de violência ou conhece alguém nessa situação, disque 180 – canal criado pelo Governo Federal, totalmente gratuito, sigiloso e funciona 24 horas (todos os dias). Ou procure o CEAM- Queimados. Para mais informação ligue para o 2742-1038.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
deixe aqui seu comentário sobre esta notícia.