Projeto 'Artes Aquáticas - Versando com a Cultura Negra' contou com
exposições de quadros, performances na piscina, roda de samba e de capoeira,
dança de rua e baile charme
Fotos: Felipe Bragança |
Aline Lopes - Um show de cultura e
cidadania dentro e fora da piscina: assim foi a exposição “Artes Aquáticas -
Versando com a Cultura Negra”, realizada no domingo (24), no Parque Aquático
Free Willy. Organizado pela Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria
Municipal de Direitos Humanos e Promoção da Cidadania e em parceira com os
Golfinhos da Baixada, o evento teve como objetivo promover as artes
contemporâneas e comemorar o “Dia Internacional contra a Discriminação Racial”,
que aconteceu na última quinta-feira (21).
O dia ensolarado foi
apenas um complemento para o evento. Quem brilhou mesmo foram os artistas da
Produtora de Artes Visuais Desvio, que levaram diversas atrações para o
público. Entre as atividades desenvolvidas ao longo do dia, estavam exposições
de quadros, performances na piscina, roda de samba e de capoeira, dança de rua
e baile charme.
Ao apreciar algumas
exposições de arte, o Prefeito Carlos Vilela falou sobre a importância de
proporcionar momentos de cultura e lazer aos queimadenses. “Incentivar os
projetos culturais da cidade é um compromisso da gestão. É uma satisfação muito
grande poder presenciar essa exposição tão rica e inusitada”, afirmou o gestor.
O Coordenador de Políticas
Públicas de Igualdade Racial, Jorge Dahl, acredita que ter um espaço para mostrar
a cultura negra e africana ajuda a combater o preconceito. “Antigamente, os
negros eram proibidos de entrar na piscina, pois achavam que eles iriam sujar a
água por causa da cor. Foram muitos anos de luta para conquistar o nosso espaço
na sociedade, mas não podemos parar por aqui, ainda temos muito o que combater
para sermos vistos como um cidadão como os outros”, concluiu.
Um dos expositores, Dom
Avelino (64), levou três de suas obras para embelezar ainda mais o evento.
“Acho muito importante ter um espaço para os artistas de Queimados mostrarem as
suas obras. A minha casa, por exemplo, se tornou o meu museu particular e a minha
vida é a grande responsável pela minha inspiração artística” afirmou o morador
do Vila Tinguá.
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