Palestra
sobre inclusão na educação e homenagem em curso de Libras para servidores
marcaram esta terça-feira (2)
Kathellen Islyne - Celebrado
em 2 de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo não passou em branco
em Queimados, na Baixada Fluminense. A causa foi tema de ações realizadas pela
Prefeitura durante a manhã desta terça-feira (2). Promovida pela Secretaria
Municipal de Educação no Teatro Marlice Margarida Ferreira da Cunha
(Metodista), a palestra “Autismo na escola: um jeito diferente de
aprender, um jeito diferente de ensinar”, realizada pelo doutor em educação
Eugênio Cunha, levou a plateia a refletir sobre os desafios da inclusão no
ensino. Entre os cerca de 200 presentes, estavam professores de sala de
recursos, cuidadores, diretores, orientadores pedagógicos e educacionais,
responsáveis, alunos de magistério, profissionais do Centro de Atendimento
Educacional Especializado de Queimados (CAEEQ) e autoridades.
“A
palavra é inclusão, na educação, no dia a dia. Pessoas, principalmente
crianças, com autismo precisam de atenção, cuidado e carinho. Nenhum
preconceito vai mudar quem eles são e por isso nós devemos trabalhar para
conscientizar as pessoas a mudarem o modo como as enxergam na sociedade”,
declarou o Prefeito Carlos Vilela.
O
Secretário da Pasta, Lenine Lemos, conta como a educação é fundamental no
processo de entendimento do aluno e da família. “Podemos fazer a diferença na
vida das crianças e de suas famílias. Se bem acompanhadas e com acesso à
educação inclusiva podemos ter melhoras na interação com outros indivíduos e
uma vivência produtiva da educação”, contou o educador.
Inclusão
em dobro
Já
na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Promoção da Cidadania, a
homenagem à data foi realizada de um modo duplamente inclusivo. Isso porque o curso
de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) promovido pela gestão municipal para os
servidores públicos da cidade promoveu uma experiência única pela
conscientização do autismo. A presença de Carla Cristina, mãe de um jovem com
autismo, emocionou os alunos. Ao ouvirem detalhes sobre sua vivência na
luta contra o preconceito, os alunos do curso aprenderam sinais relacionados ao
assunto e debateram sobre a importância da inclusão de todas as pessoas com
deficiência.
A
servidora participa do curso desde o início conta sobre o presente que
recebeu de Deus. “Meu filho Walber, que tem 19 anos hoje, foi
diagnosticado quando tinha apenas 5. Sei que o preconceito velado existe, até
meu ex-marido tem problemas em aceitar quem meu filho é, mas eu sei que Deus me
escolheu para cuidar e proteger meu filho”, compartilhou a moradora do Belmont.
Para o
Secretário da Pasta, Luis Macedo, a existência da Coordenadoria da Pessoa com
Deficiência é um passo importante para a conscientização e inclusão dessas
pessoas. “A criação de políticas públicas e de iniciativas da Prefeitura são um
passo importante no entendimento da população para respeitarem e conhecerem
melhor a realidade da pessoa com deficiência. O curso de LIBRAS, por exemplo,
foi uma iniciativa que nos faz incluir mais a pessoa surda. Mas além disso
precisamos focar em incluir todos os outros, pois merecem viver uma vida digna
e de qualidade sendo quem são”, concluiu o gestor.
Onde estão os mais interessados pela inclusão? Excluidos! Os próprios autistas e seus respectivos responsáveis não são convidados a participar do belo evento feito pra tirar foto! Parabéns!
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