Entre
as causas que afetam a terceira idade estão preocupação com filhos e netos e a
perda do cônjuge
Fotos: Thiago Loureiro |
Aline Lopes - Nunca é tarde para dominar
a arte de ouvir e respirar fundo em certas situações, a fim de evitar o
estresse. Na manhã desta quinta-feira (11), cerca de 30 idosos participaram de
uma palestra educativa sobre a importância de manter a paciência para ter uma vida
saudável, no auditório do Centro de Esportes e Lazer da Terceira Idade, em
Queimados. Com músicas relaxantes e pensamentos positivos, a galera da Melhor
Idade pôde aprender algumas maneiras de evitar que o nervosismo e a exaustão
falem mais alto.
Há diversas causas que
podem levar o idoso ao estresse, seja a limitação em alguma atividade,
adaptação à aposentadoria, a perda do cônjuge, insônia ou preocupações com os
filhos e netos. O que muitos não sabem é que essa impaciência pode elevar os
riscos de doenças cardíacas, agravar o quadro de diabetes, pressão alta ou
tornar a pessoa ansiosa e com a saúde mental prejudicada.
De acordo com a
palestrante Luci Barros, há diversas maneiras de evitar o estresse. “Precisamos
praticar todos os dias a arte de respirar fundo e não perder a paciência.
Quando passarmos por alguma situação difícil, precisamos focar em procurar uma
solução e não nos desesperarmos. Além disso, é importante nos colocarmos em
primeiro lugar na nossa vida, nos amar mais e parar de nos preocupar com as
outras pessoas”, afirmou a psicóloga.
A prática de atividade
física e momentos de distração também são exercícios fundamentais para
trabalhar a saúde física e mental dos idosos. Para a Secretária Municipal da
Terceira Idade, Maricéia Peluzio, o CELTI tem sido um grande instrumento para
promover mais qualidade de vida para os idosos. “Aqui é impossível eles ficarem
tristes, aborrecidos ou estressados. Além das aulas de musculação,
hidroginástica, dança, entre outras, temos um grupo muito animado que se
preocupa em ver o bem-estar do próximo. Eles são extremamente unidos em prol da
felicidade do outro”, concluiu a gestora.
A prova disso é o
professor de lutas marciais, Carlos Bento (70). Após ir ao ortopedista por
causa de uma tendinite e dores no corpo, descobriu que precisava mesmo era de
uns momentos para relaxar. “O médico disse que eu precisava me acalmar e parar
de ficar irritado com coisas pequenas. Após procurar uma psicóloga, fui
encaminhado para praticar atividades aqui no CELTI e isso foi a melhor coisa na
minha vida. A alegria das pessoas nesse lugar me contagia e hoje eu não sinto
mais aquela tensão de antes e meus exames médicos não acusaram nenhum problema
de saúde. Posso dizer que estou ótimo, curado e em paz comigo mesmo”, disse o
morador do Fanchem, aluno do espaço há sete meses.
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