Evento comemora o Dia do Orgulho Travesti e Transexual e conscientiza sobre o Combate a LGBTfobia com uma programação especial
Imagens: Igor Lima - PMQ |
A data é referência simbólica da luta pelos direitos LGBT, afinal, em 17 de maio de 1990, a Assembleia geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente que “a homossexualidade não é doença, nem distúrbio”. A programação contou com aula de defesa pessoal com o Professor Arlindo, da Coordenadoria de Políticas Públicas de Igualdade Racial, Almoço cultural, Cinedebate (com o psicólogo Carlos Henrique, fundador do Divã Colorido), roda de conversa e apresentação da Drag Queen Angela Rios.
Para o Secretário da Pasta, Carlos de Moraes , ainda temos uma luta longa contra a homofobia. “Onze países ainda punem com a morte as relações homossexuais e um, em cada três países, condena a homossexualidade. O Brasil registra uma morte por homofobia a cada 16 horas, segundo dados do Disque 100 em 2018 foram registradas 667 ligações de denúncia de violência física. São dados alarmantes, por isso é muito importante realizarmos políticas públicas voltadas para a pessoa LGBT”, informa o gestor.
Luta e conquista por identidade
Há pouco mais de um ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que pessoas trans podem alterar seus nomes em cartório. Apesar da conquista, de acordo com um levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), feito em conjunto com o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), 163 pessoas trans foram assassinadas no país no ano passado.
Jullyana da Rocha Reis, fala com muito orgulho seu nome completo, pois no dia do orgulho transexual, finalmente, sua identidade, com inclusão do seu nome social, estava pronta. ” Já passei por muita coisa nessa vida, quando descobri que eu era transexual fiquei com muito medo de contar ao meu irmão, um policial, mas hoje, que tenho minha identidade, e ando por aí feliz com quem eu sou. Fico muito triste por ele não ter conhecido a Jullyana. Meu irmão faleceu, mas minha mãe ficou do meu lado esse tempo todo, nunca perguntou nada só ficou do meu lado enquanto eu passava pelas mudanças corporais e me apoiava quando eu sofria de transfobia. Fico feliz de estar ao lado dos meus irmãos e irmãs LGBT nesse dia e mostrar para as pessoas que somos diferentes, mas não desiguais”, contou emocionada.
O Centro de Cidadania LGBT Baixada II presta atendimento gratuito à comunidade LGBT, com advogados, psicólogos e assistentes sociais. A unidade, que fica localizada na Rua Otília, 1495 (rua do Fórum), oferece serviços direcionados à comunidade LGBT, familiares e amigos vítimas de discriminação e violência homofóbica. LGBTfobia é crime! Disque Cidadania LGBT: 0800 0234567
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