terça-feira, 2 de setembro de 2014

Nova tecnologia no tratamento do pé diabético

Único médico formado em nanotecnologia na do país oferece curso intensivo aos profissionais de saúde de Queimados

Todos os profissionais de saúde de Queimados, principalmente os que lidam com pacientes diabéticos estão recebendo até esta quinta (04/09), um peso a mais na bagagem profissional através de um curso sobre o manejo clínico do pé diabético e os benefícios da nanotecnologia no tratamento. A ciência trabalha com minúsculas moléculas, os chamados nanos, cujo princípio básico é a construção de estruturas, a partir dos átomos. Ou seja, com pesos tão baixos, as moléculas penetram melhor e mais profundamente, obetendo resultados mais rápidos e eficazes. O curso intensivo que está sendo ministrado na sede da Vigilância em Saúde, conta com a palestra de profissionais renomados com pós-doutorado na área no exterior.
Entre os professores que estão ministrando o curso intensivo estão: o Dr. Pedro Coutinho, único especialista em podiatria (estudo da biomecânica e fisiologia do pé) no país, formado em Portugual, CEO da N/DERM, Vitor Melamed e o pós doutor em dermatologia e especialista  em pé diabético, Bruno Horta que também é professor de química orgânica e dermatológica na UFRJ.  
Todos precisam estar atentos para a identicação e tratamento rápido das doenças, está é uma orientação da Secretaria Municipal de Saúde, destacou a coordenadora do HIPERDIA (Programa de Hipertensão e Diabetes), enfermeira Sandra Regina. “Estou muito feliz com a chegada deste curso que irá ajudar a todos os profissionais de saúde a nos ajudar na identificação da doença, afinal o agente de saúde que visita diariamente os pacientes será nosso principal colaborador. A Secretária de saúde, Dr.ª Fátima Cristina, fará uma cerimônia para a entrega dos certificados aos profissionais no último dia do curso, no mesmo local, às 14h”, informou a enfermeira.

A tecnologia já é utilizada em alguns países como Angola e Israel e no Brasil há 6 anos, e promove resultados muito eficientes às feridas por diabetes e hanseníase. Segundo, Bruno Horta, Dr.º em química orgânica e nanotecnológica da URFJ e consultor químico da N/DERM, empresa que desenvolveu a  nanotecnologia para a renovação da pele no Brasil, é possível curar feridas em pessoas que já estavam com indicação para amputar o membro. “Já tivemos casos de pessoas que estavam com a ferida há mais de 30 anos e se curaram em quatro meses e casos de indicação para amputação que conseguimos reverter o quadro. No entanto, o medicamento não é milagroso, estamos falando de novas tecnologias associadas que geram resultados mais rápidos e logo, menos doloridos e onerosos tanto, para o poder público quanto para o paciente”, relatou Bruno.

Tratamento sem amputação
No entanto, a utilização do medicamento N/DERM que utiliza esta tecnologia, mesmo sendo autorizado pela ANVISA ainda é comercializado apenas nas principais redes de farmácias do país, e não faz parte da cesta básica dos pacientes com diabetes e hanseníase, cedidas pelo Ministério da Saúde aos municípios, destacou o CEO da empresa, Vitor Melamed. “Desenvolvemos o produto há cerca de seis anos no Rio Grande do Sul em parceria com a PUC, SENAI e SISMED, mas não fazemos a distribuição direta para as prefeituras”, explicou Vitor.

Ainda segundo ele, este trabalho é realizado pelos distribuidores que vendem inclusive para as farmácias. “Nosso papel foi desenvolver a tecnologia, mas estamos trabalhando para que o medicamento seja incluído na cesta básica destes pacientes e passem a ser distribuídos gratuitamente”, acrescentou o CEO. O menor frasco com 100g, custa em torno de R$ 49 e tem duração média de uma semana e o tempo mínimo de tratamento, dependendo da ferida, é de 15 a 30 dias, acrescentou.  

Entre os casos documentados e tratados com o N/DERM, estão o paciente C.O.M de 80 anos, masculino com úlcera mista com necrose, edema, exsudato e exposição de tendão no dorso do pé direito por seis meses com dimensão de 3,5 cm de altura por 2,5 cm de comprimento. O resultado após oito dias de utilização do medicamento fez com que  a lesão deixasse de apresentar exposição do tendão, com redução do tamanho da ferida e início do processo de granulação. Em 60 dias de utilização de N/DERM, o paciente apresentou cicatrização completa.
Texto: Dine Estela
Fotos: Luiz Ambrosio
Secretaria de Comunicação Social | PMQ
2665-1269/3778-7503
 Portal de notícias: www.queimados.rj.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixe aqui seu comentário sobre esta notícia.