quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Queimados realiza de ação contra a Hanseníase nesta quinta


Dine Estela | Luiz Ambrosio

O município de Queimados realizará nesta quinta-feira (15/01), na Praça Nossa Senhora da conceição, das 9h às 12h, uma ação em prol da Campanha Nacional de Combate a Hanseníase no país. A ação do Programa de Hanseníase, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) contará com várias atividades de detecção e orientação sobre a doença com encaminhamento gratuito para o tratamento imediatamente. Na ocasião, todos os programas de saúde participarão, com aferição de pressão arterial, teste de glicose, entre outras atividades.

Segundo a coordenadora do programa, Simone da Silva Anjos, a cidade entrou para a lista de prioridades do Governo Federal. “Aumentamos o número de casos devido a uma busca ativa de pessoas que tinham a doença, mas não se tratavam ou tinham abandonado o tratamento”, destacou. Simone lembrou, ainda, que no último ano foi realizada uma campanha nas escolas municipais com foco nas crianças de 6 a 14 anos, por recomendação do Ministério da Saúde, que atingiu cerca de 13 mil alunos. A cidade conta com 24 pessoas em tratamento.  Os interessados devem procurar a sede do Programa à Av. Irmãos Guinle, Centro (ao lado da Nalin) . Tel.: 2665-5815/2118/964142069

A Secretária Municipal de Saúde, Dr.ª Fátima Cristina, acrescenta que um dos maiores problemas no tratamento da doença está no abandono. “Mesmo com toda a medicação e tratamento gratuito, os pacientes apresentam um alto grau de abandono exatamente por se tratar de uma doença silenciosa e sem dor. Temos de trabalhar muito a questão da conscientização das pessoas. Por isto, estamos fortalecendo aqui na cidade a busca ativa, principalmente nas escolas,” observou a secretária.  

O Ministério ira realizar nova campanha nas escolas, prevista para o primeiro semestre deste ano, acrescentando mais 150 municípios, totalizando cerca de 1.000 municípios. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de prevalência da doença caiu 65% nos últimos 10 anos. A redução é resultado de ações para a eliminação da doença. A Baixada Fluminense está entre as prioridades do Ministério da Saúde.https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif

Hanseníase

É uma doença crônica proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade); propriedades essas que dependem, sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e do grau de endemicidade do meio, entre outros aspectos. O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto aos prováveis fatores de risco, especialmente aqueles relacionados ao ambiente social. 

O tratamento da hanseníase é feito com medicamento oral, a PQT (poliquimioterapia) com dose mensal na unidade de saúde (dose supervisionada) e as demais doses auto-administradas (pelo paciente em sua moradia) e, ao mesmo tempo, cuidados com os olhos, mãos e pés, para prevenção de incapacidades.

A poliquimioterapia - PQT é o tratamento medicamentoso oficial da hanseníase, adotado pelo Ministério da Saúde, consistindo na combinação de medicamentos seguros e eficazes. O esquema de tratamento depende da forma clínica da doença (PB ou MB), da idade da pessoa e da sua tolerância ao medicamento. No tratamento em crianças a dosagem do medicamento será determinada segundo sua idade e peso. A PQT tem apresentação em cartelas, com cápsulas para uso oral e o medicamento é fornecido pela unidade de saúde. 


Breve histórico

A hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como lepra (Bíblia Sagrada, 1992), é uma doença infecto-contagiosa de evolução crônica que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas com diminui- ção de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Tais manifestações são resultantes da predileção do Mycobacterium leprae (M. leprae), agente causador da doença de Hansen, em acometer células cutâneas e nervosas periféricas. Foi o médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, notável pesquisador sobre o tema, que identificou, em 1873, este bacilo como o causador da lepra a qual teve seu nome trocado para hanseníase em homenagem ao seu descobridor (Foss, 1999 e Gomes, 2000). Durante as reações (surtos reacionais), vários órgãos podem ser acometidos, tais como, olhos, rins, supra-renais, testículos, fígado e baço (Talhari e Neves, 1997). Fonte: http://www.ceads.org.br/0/Breve-historia-da-hanseniase.pdf


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