Dine Estela | Luiz Ambrosio

Segundo a coordenadora do programa, Simone da Silva
Anjos, a cidade entrou para a lista de prioridades do Governo Federal.
“Aumentamos o número de casos devido a uma busca ativa de pessoas que tinham a
doença, mas não se tratavam ou tinham abandonado o tratamento”, destacou.
Simone lembrou, ainda, que no último ano foi realizada uma campanha nas escolas
municipais com foco nas crianças de 6 a 14 anos, por recomendação do Ministério
da Saúde, que atingiu cerca de 13 mil alunos. A cidade conta com 24 pessoas em
tratamento. Os interessados devem procurar a sede do Programa à Av.
Irmãos Guinle, Centro (ao lado da Nalin) . Tel.: 2665-5815/2118/964142069
A Secretária Municipal de Saúde, Dr.ª Fátima
Cristina, acrescenta que um dos maiores problemas no tratamento da doença está
no abandono. “Mesmo com toda a medicação e tratamento gratuito, os pacientes
apresentam um alto grau de abandono exatamente por se tratar de uma doença
silenciosa e sem dor. Temos de trabalhar muito a questão da conscientização das
pessoas. Por isto, estamos fortalecendo aqui na cidade a busca ativa,
principalmente nas escolas,” observou a secretária.
O Ministério ira realizar nova campanha nas
escolas, prevista para o primeiro semestre deste ano, acrescentando mais 150
municípios, totalizando cerca de 1.000 municípios. Segundo o Ministério da
Saúde, a taxa de prevalência da doença caiu 65% nos últimos 10 anos. A
redução é resultado de ações para a eliminação da doença. A Baixada Fluminense
está entre as prioridades do Ministério da Saúde.

Hanseníase
É uma doença crônica proveniente de infecção
causada pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infectar
grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem
(baixa patogenicidade); propriedades essas que dependem, sobretudo, de sua
relação com o hospedeiro e do grau de endemicidade do meio, entre outros
aspectos. O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da
doença, embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto aos prováveis
fatores de risco, especialmente aqueles relacionados ao ambiente social.
O tratamento da hanseníase é feito com medicamento
oral, a PQT (poliquimioterapia) com dose mensal na unidade de saúde (dose
supervisionada) e as demais doses auto-administradas (pelo paciente em sua
moradia) e, ao mesmo tempo, cuidados com os olhos, mãos e pés, para prevenção
de incapacidades.
A poliquimioterapia - PQT é o tratamento
medicamentoso oficial da hanseníase, adotado pelo Ministério da Saúde,
consistindo na combinação de medicamentos seguros e eficazes. O esquema de
tratamento depende da forma clínica da doença (PB ou MB), da idade da pessoa e
da sua tolerância ao medicamento. No tratamento em crianças a dosagem do
medicamento será determinada segundo sua idade e peso. A PQT tem apresentação
em cartelas, com cápsulas para uso oral e o medicamento é fornecido pela
unidade de saúde.
Breve histórico
A
hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como lepra (Bíblia Sagrada,
1992), é uma doença infecto-contagiosa de evolução crônica que se manifesta, principalmente,
por lesões cutâneas com diminui- ção de sensibilidade térmica, dolorosa e
tátil. Tais manifestações são resultantes da predileção do Mycobacterium leprae
(M. leprae), agente causador da doença de Hansen, em acometer células cutâneas
e nervosas periféricas. Foi o médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, notável
pesquisador sobre o tema, que identificou, em 1873, este bacilo como o causador
da lepra a qual teve seu nome trocado para hanseníase em homenagem ao seu
descobridor (Foss, 1999 e Gomes, 2000). Durante as reações (surtos reacionais),
vários órgãos podem ser acometidos, tais como, olhos, rins, supra-renais,
testículos, fígado e baço (Talhari e Neves, 1997). Fonte: http://www.ceads.org.br/0/Breve-historia-da-hanseniase.pdf
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