Crescimento econômico é motivo de “parabéns”

Queimados completa 25 anos de emancipação com chegada de novas fábricas e geração de empregos

Do clima bucólico da época dos laranjais ao barulho intenso das fábricas, o município de Queimados completa nesta quarta-feira seus 25 anos de emancipação com ares de independência econômica. A chegada de novas empresas, mesmo diante da crise que assola o país, é motivo mais que suficiente para festejar. Do Distrito Industrial do município saem os barcos e lanchas (Rio Power Boats), eletrodomésticos que aparecem em novelas e programas de TV (NKS) e até porcelanas (Duratex) instaladas nos lavabos mais nobres do estado. A partir do primeiro trimestre do ano que vem, mais uma novidade: a fábrica da Piraquê iniciará suas atividades no local.

Em 2009, apenas sete fábricas estavam em operação no Parque Industrial. Com a chegada de novas empresas (41 indústrias instaladas), aliado ao aquecimento do comércio local com rede de serviços, mais de 4 mil empregos foram gerados. De acordo com o prefeito de Queimados, Max Lemos, de 2009 a 2014, a taxa de desemprego foi reduzida em mais da metade. “O Distrito Industrial é o pulmão econômico da nossa cidade. Graças a isso, podemos arrecadar impostos que ajudam a combater a atual recessão econômica que o nosso país vive. Muitas dessas empresas precisam de mão de obra e procuram por aqui. Por conta disso, conseguimos reduzir a taxa de desemprego em 70%”, afirma.

Para ele, o sucesso do crescimento econômico está ligado diretamente aos investimentos públicos e privados: “Para ter uma ideia, em 2009, tínhamos um orçamento público de R$ 50 milhões, apenas. Este ano vamos fechar com R$ 450 milhões. Chegamos a marca de R$ 500 milhões em obras púbicas já realizadas e mais de R$ 1 bilhão de investimento da iniciativa privada. É isso que está nos permitindo manter em dia os salários dos servidores e os serviços públicos essenciais”, disse.

Fábrica de biscoito nos preparativos finais

Entre as empresas instaladas no Distrito Industrial está a fábrica de massas e biscoitos, a Piraquê. Com 80% das obras concluídas, a unidade terá capacidade de produzir mais que a metade da sua atual matriz, que fica em Turiaçu, na Zona Norte do Rio. Hoje, ela produz 9 mil toneladas por mês. A empresa que vai gerar 1,2 mil empregos quase levou suas operações para São Paulo. O motivo que impediu a mudança para “terra da garoa” foi estabelecer suas operações numa região estratégica e com uma infraestrutura adequada.

Atualmente, a fábrica na Zona Norte produz cerca de nove mil toneladas por mês. A região é considerada um ponto estratégico para as empresas pelo fator logístico. A margem da Rodovia Presidente Dutra, o Distrito Industrial de Queimados fica a seis quilômetros do traçado do Arco Metropolitano, que ligará o Porto de Itaguaí ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. “O município é visto com bons olhos pelos investidores por ter facilidade de escoar os produtos”, concluiu o prefeito Max Lemos.