Levantamento
feito pelo CREAS da cidade aponta que perfil desta parte da população tem
maioria masculina e com idade entre 30 e 45 anos
Fotos: Thiago Loureiro |
Aline Lopes- Tanto nos grandes centros
urbanos como em cidades pequenas, é cada vez mais comum a existência de pessoas
que passam as noites dormindo sob marquises, em praças, calçadas, embaixo de
viadutos e pontes. Os moradores em situação de rua formam parte da população
que luta diariamente pela sobrevivência e pelo reconhecimento como cidadãos. E
para elaborar políticas públicas capazes de garantir os direitos desses
moradores, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde
em parceira com a Assistência Social, realizou o “Fórum Intersetorial de Saúde
Mental”, nesta segunda-feira (18).
Sob o tema “População de
Rua”, o Fórum aconteceu no auditório da SEMUS e reuniu aproximadamente 60
espectadores para debater formas de prestar assistência social ou médica a
pessoas que ocupam as vias públicas. De acordo com a Coordenadora de Saúde
Mental, Tânia Alves, a meta é implantar um “consultório de rua” para levar os
atendimentos médicos até essa população.
Na oportunidade, o
Coordenador do Centro de Referência Especialização de Assistência Social,
Thiago Schubert, apresentou o perfil dos moradores em situação de rua da
cidade. Com base nos prontuários de cadastrados na rede municipal entre 2007 e
novembro de 2018, foi identificado que 80% da população em situação rua é
formada por homens, 49,2% têm entre 30 e 45 anos e apenas 10% não possui renda,
moradia ou vínculos familiares.
Graças à pesquisa, foi
possível observar que a maioria dessas pessoas que peregrinam pela cidade
possuem casa e renda, e estão nas ruas periodicamente por conta de conflitos
com a família, transtornos mentais ou por serem migrantes. De acordo com a
Secretária Municipal de Saúde, Drª Lívia Guedes, traçar esse perfil é
importante para desenvolver estratégias de abordagem e assistência a essa
população.
“Infelizmente essas
pessoas são alvos constantes de preconceitos, discriminação e exploração
financeira, o que exige uma compreensão e um olhar mais humanizado. Por isso,
esse é o momento que temos que unir forças como poder público e ajudar essa
população. Eles têm os mesmos diretos à saúde, educação, segurança e diversos
outros serviços como qualquer outro cidadão”, afirmou a gestora.
O município já conta com
uma equipe dedicada em cuidar dessas pessoas em situação de rua. Além disso, há
também o trabalho desenvolvido pelo CREAS, que atende famílias ou indivíduos
que tenham vivenciado violações como violência física, psicológica e outros,
com o auxílio de ações realizadas em conjunto com o Núcleo Álcool e Outras
Drogas, Centro de Atenção Psicossocial e equipamentos do Sistema Único de
Saúde.
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