Texto: Felipe Carvalho
Fotos: Bruna Cassimiro
Com o objetivo de continuarem firmes na luta
contra o preconceito racial com a deliberação de políticas públicas, os novos
integrantes do Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
de Queimados tomaram posse oficialmente na última sexta-feira, 27, durante
cerimônia realizada na Câmara de Vereadores. Os 20 novos membros (10 titulares
e 10 suplentes) irão representar o poder público e sociedade civil de forma
paritária durante a gestão 2013/2015. O evento contou com a presença do Secretário
Municipal de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos, José Ribamar Dadinho,
que representou o Prefeito Max Lemos na solenidade.
Dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro
somente 21 cidades contam com algum tipo de Departamento voltado para políticas
direcionadas à Igualdade Racial. Em Queimados, existe uma Coordenadoria que foi
criada pelo Prefeito Max Lemos em 2009, que desde então vem promovendo diversas
atividades com o intuito de diminuir o preconceito racial. Durante a cerimônia
de posse, o Secretário José Ribamar Dadinho, anunciou uma novidade. “Fomos o
primeiro município da Baixada a assinar o termo de adesão com o Ministério da
Igualdade Racial. Com essa conquista poderemos realizar convênios com o Governo
Federal”, comemorou Ribamar.
O Coordenador de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial, o Professor Jorge Luiz Fernandes, ressaltou a importância do
Conselho na elaboração de políticas públicas de Igualdade Racial. “A Homologação
do Conselho vem para dar continuidade à implementação de políticas públicas que
buscam acabar com o preconceito racial. Nosso trabalho busca a igualdade em sua
plenitude. Uma cidade que cresce como a nossa, tem que avançar cada vez mais na
garantia dos direitos sociais”, disse Jorge.
Combate ao preconceito
Para o conselheiro Rogério de Carvalho, que
representa as religiões de matrizes africanas, os conselheiros são peças
fundamentais para a formulação de políticas afirmativas. “O mais importante é
acreditar que podemos fazer o melhor, pensei em desistir algumas vezes, mas o
que me dá forças para continuar na luta é o quanto ainda tem que se avançar no
combate ao preconceito, seja ele em qualquer esfera. Que possamos tornar nossa
sociedade cada vez mais igualitária”, ressaltou Rogério.
A conselheira Naiara Cristina, que também
representa as religiões de matrizes africanas no conselho contou uma
experiência que passou recentemente quando voltava do trabalho para casa. “Estava
caracterizada com roupa da minha religião e mesmo com o ônibus lotado, ninguém
sentou do meu lado. Penso que é um absurdo nos dias de hoje ainda existir esse
tipo de preconceito. Essa situação serviu para me dar ainda mais força de
continuar no conselho para persistir na luta para erradicar este grande mal que
assola o mundo”, finalizou Naiara.
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