Texto: Felipe Carvalho
Fotos: Luiz Ambrósio
As Tragédias
que aconteceram na Região Serrana e no Morro do Bumba, em Niterói, jamais vão
sair da memória dos brasileiros. Com o objetivo de auxiliar na prevenção de
tragédias como essas, a Prefeitura de Queimados em parceria com a Secretaria de
Estado de Defesa Civil vai implantar no município o Programa de Proteção e Preparação
de Comunidades contra desastres naturais, que consiste na implantação de
sistema de alerta e alarme por
meio de sirene. A primeira etapa do Programa teve início na última terça-feira,
8, no auditório do Escola Estadual Sebastião Pereira Portes, com a realização
de uma palestra ministrada pelos agentes da Escola de Defesa Civil do Estado,
Tenente Oliveira Freire, Tenente Simone Antunes e a Major Claudia Valentim, para
líderes comunitários e agentes municipais de Defesa Civil. Nesta quinta-feira, 10,
será executada a segunda palestra às 17h30, na Escola Estadual Roquete Pinto
(Estrada do Rio D’ouro, 2000 - Porteira). Estiveram presentes na atividade, representando o
Prefeito Max Lemos, o Secretário Municipal de Defesa Civil, Machado Laz
e o de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos, José Ribamar Dadinho.
O
Sistema de Alerta e Alarme Comunitário para Chuvas faz parte das ações de prevenção
e preparação das Comunidades frente aos desastres relacionados às chuvas fortes
ou prolongadas. O Sistema engloba o alerta enviado por SMS e é complementado pelo
sistema de alarme por Sirenes. O alerta via SMS é enviado aos agentes comunitários
de Defesa Civil e líderes comunitários, que foram capacitados pela Defesa Civil.
Através de um mapa de risco
desenvolvido através de estudos geográficos, a prefeitura determinou quais os
pontos de risco devem receber o sistema. Ao todo serão instaladas 10 sirenes em
Queimados, que serão distribuídas nas seguintes localidades: Morros da Torre, Cruzeiro, Caixa d’água, Paz (2), Azul
e São Simão e nos Bairros, Santa Rosa, Fleissman e Vale Ouro.
De acordo com o Subsecretário de Defesa
Civil, Major Eurípedes Neves, o alarme é a ponta de um sistema montado através
de levantamentos geotécnicos em toda a cidade. “Na prática o Centro de
Operações monitora o tempo e o índice pluviométrico. O sistema cruza as
informações e dependendo do caso, o alarme é acionado. Além disso, os líderes
comunitários terão um celular para receber mensagens de alerta. Existem três tipos de mensagens
recebidas, o alerta, que informa a previsão de chuva, o alarme, que determina
que a população tem que ser deslocada e a desmobilização que informa que a
situação voltou ao normal e que as pessoas devem voltar às suas casas”,
explicou o Major Neves.
Participação da comunidade
De
acordo com o Secretário Municipal de Defesa Civil, Machado Laz, é fundamental
que a comunidade entenda o papel das sirenes. “É com muita alegria que estamos
iniciando em nosso Município um projeto que já está dando certo no Rio e na
Região Serrana, mas não adianta termos somente os equipamentos, se não tivermos
também a participação efetiva da comunidade, que precisa saber que se tocar a
sirene vai ter que deixar suas casas e ir para os pontos de apoio que
determinamos. O Prefeito Max Lemos desde quando criou a Secretaria de Defesa
Civil no início deste ano nos deu a missão de trabalhar antecipadamente na
prevenção aos desastres naturais. Por isso, é fundamental a capacitação dos
líderes comunitários para o êxito do programa”, disse Machado.
O eletricista Valdicléio Ferreira, 43,
morador do Bairro Santa Rosa ressaltou a importância da palestra e elogiou a
chegada do projeto no município. “A palestra é fundamental para que este belo projeto
dê certo, pois antes da sirene tocar iremos receber mensagens de alerta em
nosso celular. Começa então o nosso trabalho de orientação à população através
de auto-falantes. O alarme é o último recurso. Quando tocar, todos devem deixar
suas casas e partir para o ponto de apoio. Com a implantação desse programa me
sinto mais seguro, pois quando chove tinha medo de que se acontecesse alguma
coisa com a minha casa não teria para onde ir com a minha família. Agora já sei
que vai ter uma escola para nos abrigar em caso de algum desastre natural”,
finalizou.
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