Primeira fase da ação acontece no Rio Abel e cerca de 200 toneladas de lixo foram retiradas em apenas dois dias
Leandro Machado - Pneus, sacolas plásticas, televisores, sofá. Ao contrário do que se imagina, estes não são itens em liquidação em alguma loja da cidade, mas sim alguns dos objetos retirados do rio Abel, no Centro, pela equipe da Prefeitura de Queimados, na Baixada Fluminense. Desde a última quarta (25), o governo municipal formou uma força-tarefa para a realização de limpezas e dragagens de rios e córregos do município. Só nos dois primeiros dias de ação cerca de 200 toneladas de lixo foram retiradas do interior do principal rio da cidade.
O principal objetivo da limpeza é prevenção contra enchentes na cidade. A limpeza do rio Abel, nesta primeira etapa, será na área canalizada que compreende 1,3 quilômetros. Na programação também está incluída a limpeza dos 1,7 quilômetros do Rio Camorim, no Fanchem, além da dragagem das partes não canalizadas dos dois afluentes. A previsão de conclusão é de 30 dias e que cerca de duas mil toneladas de lixo sejam retiradas do interior e das margens dos rios. A ação, que é da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços públicos, é fruto de uma parceria com as secretarias de Obras e Meio Ambiente e Defesa dos Animais. Na próxima fase, o serviço se estenderá para os córregos e rios de toda a cidade.
O prefeito de Queimados, Carlos Vilela, acompanhou a limpeza nesta quinta-feira ao lado dos secretários Alex Reis (Obras), Rogério Brandi (Conservação e Serviços Públicos) e Cacau Nogueira (Meio Ambiente e Defesa dos Animais). O chefe do executivo destacou a importância das ações de limpeza, mas fez um apelo à população: “A prefeitura faz sua parte, mas precisamos trabalhar em harmonia com os munícipes. Retiramos todos os dias muitas toneladas de lixo doméstico de dentro dos rios e isso é muito perigoso. Nossa coleta de lixo é regular para não termos estes problemas”, disse.
Quem concorda com o discurso do prefeito é o autônomo Manoel da Silva Cunha, o Maneco, de 58 anos. Morador do Centro, mais precisamente às margens do Rio Abel há 55 anos, ele já presenciou muitos alagamentos antes da canalização: “Eu moro aqui desde criança e já passamos muito sufoco. Pra mim é um crime as pessoas jogarem lixo dentro do rio, afinal, quem acaba se prejudicando é a própria população. Ainda bem que com esta obra, as enchentes pararam, mas se a gente não cuidar vamos acabar debaixo d’água de novo”, lamentou o morador.
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