quarta-feira, 6 de março de 2013

Queimados participa de Fórum Interinstitucional sobre álcool e drogas

Coordenadora do NAD Valéria Cândido e a
 psicóloga Adriana Natália 


Novas políticas de Acolhimento Regionalizado para Álcool e outras drogas – CARE.  Este é assunto principal que Queimados vai debater nesta quinta (7), no Fórum Interinstitucional em “Atenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas” do Estado do Rio de Janeiro. Na Pauta, as práticas utilizadas e o dispositivo de suspensão no território (internação) na clínica de álcool e drogas, assim como, a definição do fluxo, portas de entrada e saída, entre outras providências. O evento acontece das 10h às 13h no auditório do HEMORIO, 3º andar, à Rua Frei Caneca, nº 81, Centro, RJ. Aberto à participação popular, este, antecede ao de Queimados que será realizado em segunda (8) de abril de 2013 no Teatro da Escola Metodista.  

Em relação ao crack, por exemplo, nada é simples ou barato. "O custo para o ciclo de tratamento de 105 dias chega a R$ 25 mil reais e ainda assim, as chances de sucesso na primeira internação são pequenas: só 30% dos dependentes que recebem tratamento não voltam. A maioria precisa de sucessivas internações por ser uma substância com alto poder de dependência. Este é o tratamento mais difícil e caro", alertou a Secretária de Saúde de Queimados, Dr.ª Fátima Cristina. 

Em consonância com as novas políticas estaduais, o coordenador de Saúde Mental de Queimados que inclui o núcleo de Álcool e Drogas, Edilson Alves, está trabalhando na implantação de vários projetos de atenção básica de articulação de rede, fundamental para uma politica de atenção eficiente. “Vamos precisar de R$ 150 mil, como incentivo do Ministério, verba aprovada, além disso, ainda será preciso o recurso federal R$ 78 mil/mês para manter o CAPS AD”, explicou o coordenador do CAPS Queimados, Edilson Ventura.  

Ainda segundo o coordenador, outro recurso que está sendo articulado é para a montagem do consultório na rua com uma equipe multidisciplinar com psicólogos, terapeutas, médicos que fará um atendimento direto às pessoas que estão vivendo e se drogando na rua. “Este é um projeto indicado pelo Ministério da Saúde e Queimados já tem os profissionais, mas ainda precisa. O incentivo não chega a R$ 20 mil”. Observou. “A Terapia ocupacional também pode nos ajudar muito a criar a ressocialização destas pessoas. A proposta é que a comunidade possa atuar”. Acrescentou.

Entre os convidados está Fernanda San Martin – Coordenadora Técnica do Observatório Estadual de Gestão e Informação sobre Drogas, que é contra ao recolhimento compulsório que está sendo feito atualmente. “O dependente químico pode passar o dia em um CAPS, mas internação ou pernoite deve ser definido caso a caso. O trabalho dos psicólogos é criar um vínculo com o paciente para estimular o seu retorno, através de uma rede de serviços que objetive a suspenção de território, ou seja, que este paciente não volte para o ambiente que propicie o uso da droga. Não é punição ou recolhimento”, reforçou Fernanda.

Queimados oferece vários núcleos de atenção como o CAPS que oferece atenção aos transtornos mentais mais graves, situado à Travessa Marques, 195, Centro. Tel.: 2779-9103, CAPSI que oferece atenção as crianças e adolescentes, Rua Júlio Kengen, 15, Bairro Campo da Banha, tel.: 2665-1238 e o NAD que é um embrião do CAPS AD em atenção aos usuários de álcool e drogas, Rua 11, s/n, Vila Pacaembu, anexo ao CETHID. Com 2 psicólogos, 1 terapeuta ocupacional  e 1 assistente social, o núcleo atende  235 pacientes, em sua maioria tratando álcool e cocaína.

Fotos: Luiz Ambrósio. 

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