segunda-feira, 5 de junho de 2017

Hemorio bate a meta de doação de sangue em Queimados


Mais de 200 pessoas procuraram a secretaria de Educação para doar sangue espontaneamente nesta segunda-feira
Fotos: Luiz Ambrósio
Dine Estela: Seja para salvar a vida de um amigo, parente ou uma pessoa estranha, a meta foi alcançada. Mais de 200 pessoas procuraram a Secretaria Municipal de Educação de Queimados na manhã desta segunda-feira, 5 de junho, para fazer uma boa ação. A equipe do Hemorio, órgão da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, tinha a meta de receber 120 doadores e quase dobrou o recebimento de sangue. Cada doador poderá salvar várias pessoas já que 100% do sangue pode ser aproveitado. A procura foi tão alta que a cidade já conseguiu uma segunda visita ainda este ano.
O sangue doado será separado em hemocomponentes, como concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma fresco. Após a realização dos testes laboratoriais, os materiais são enviados aos hospitais para serem usados em pacientes que estão com sangramentos, em tratamento quimioterápico, para cirurgias, transplantes etc. O plasma excedente (que não foi utilizado nos pacientes) também poderá ser encaminhado à indústria de Hemoderivados – HEMOBRÁS, para produção de medicamentos que serão utilizados por pacientes portadores de doenças hemorrágicas.
Antes de fazer a retirada do sangue, cada doador passou por uma triagem com o preenchimento de um questionário e entrevista com psicólogos da Instituição, explicou a médica e responsável pelo pólo itinerante de doação em Queimados, Dra. Luciana de Lima. “Todo este sangue doado vai para análise antes de ser encaminhado para o banco de sangue, no entanto, a triagem ajuda a evitar desperdício de tempo tanto, para o doador quanto, para os laboratórios de análises. Por isto, fazemos a triagem e a entrevista com os psicólogos para evitar as doações de risco como sangue de pessoas que estejam utilizando alguma medicação ou que tenham consumido álcool, etc”, explicou a médica que ainda não recomendou a coleta para quem foi vacinado recentemente contra a Febre Amarela.
Mesmo diante de tantas restrições, o estudante da Escola Municipal Oscar Weinschenck, na modalidade de Jovens e Adultos (EJA), Alex Sandro Souza, 35, não desanimou e conseguiu fazer a sua doação pela primeira vez e ainda deixou um conselho. “Doem, não dói nada e ainda salva vidas”, disse. Já o conselheiro de educação Anderson Nascimento, 31 doa há seis anos e segue as recomendações médicas à risca para não perder o prazo de doações. “Faço doações pelo menos três vezes ao ano, além de participar do banco de doação de medula. Sou pobre, não tenho dinheiro para distribuir aos pobres, mas tenho vida e assim faço a minha parte com muito orgulho”, salientou.
Além da população, profissionais de educação e funcionários públicos, várias autoridades também deram a sua colaboração com a campanha, como o secretário de esportes, vereador Júlio Boi, o vereador e secretário de Cultura, Marcelo Lessa que levou a família inteira, além do vice-prefeito Machado Laz. “Sou coordenador de uma pasta que tem a missão de cuidar das pessoas, não poderia ficar de fora de uma ação tão importante como essa. Nosso secretário de educação, Lenine Lemos está de parabéns pela iniciativa”, destacou.
O Secretário de educação, professor Lenine Lemos, comemora  o sucesso da ação e já se programa para outra ainda este ano. “Fiquei até emocionado em ver as pessoas na fila até quase três horas da tarde para fazer sua doação. Isto é uma grande demonstração de amor ao próximo. Estamos nos preparando para a segunda ação ainda este ano, provavelmente em agosto. O local ainda estamos definindo”, adiantou.
O casal Eduardo de Souza e Tânia Maria também não perdeu a oportunidade de doar. Ela é deficiente visual e aproveitou o pólo itinerante para fazer sua doação. “Para mim, que não enxergo fica difícil ir até o Rio fazer a doação, esperava que meu esposo me levasse, mas ele também é muito ocupado, fiquei muito feliz em poder fazer isto dentro da minha própria cidade. Acho que essa ação deles poderia acontecer mais vezes”.  

Aniversariante pede sangue como presente de aniversário
Lenine com a professora Laudicéia
Já a professora Laudicéia Nunes Soares, faz aniversário na próxima sexta-feira, 9 e fez um pedido de aniversário inusitado. Pediu sangue como presente de aniversário para os amigos, quando soube que o Hemorio estaria na cidade. “Fiz uma grande campanha nas minhas redes sociais e nas escolas que dou aula. Eu estou triste porque não consegui doar, mas espero que minhas amigas tenham conseguido, porque não existe presente melhor para mim do que este”, explicou. Ela recebeu a vacina contra a febre amarela recentemente e não pode doar sangue nesta segunda.
Em cada doação, são coletados aproximadamente 450 ml de sangue. A quantidade doada não afeta a vida do doador em nada porque na doação de sangue se retira menos do que 10% do volume sanguíneo total de um adulto, por esse motivo só é permitida a doação por pessoas acima de 50 kg.
Lenine, Machado e Júlio Boi
O plasma é reposto em algumas horas, as plaquetas se restabelecem em alguns dias, e as hemácias demoram alguns meses. Por esse motivo, a doação de sangue só deve ser realizada a cada 90 dias para os homens e 120 dias para as mulheres. As mulheres demoram um pouco mais para repor os estoques ferro em virtude das perdas durante os ciclos menstruais.
Para doar sangue, não é necessário estar em jejum, apenas evitar apenas alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes. O Hemorio funciona todos os dias das 7h às 18h, incluindo sábados, domingos e feriados. Para mais informações, o candidato pode ligar para o Disque Sangue (0800 282 0708), que esclarece pré-requisitos e dúvidas, além de informar o endereço das outras 26 unidades de coleta distribuídos pelo estado.


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