A Secretaria de Meio Ambiente de Queimados promoveu na noite desta quarta-feira, 04 de novembro, uma Audiência Pública para apresentação do projeto de implantação de uma Usina Termelétrica, movida a gás natural, na cidade. O empreendimento vai ocupar uma área de 100 mil metros quadrados no bairro Sarandi e será construído pela empresa privada GenPower Energy. Durante a obra serão gerados 500 empregos diretos e 250 indiretos. Quando em pleno funcionamento, a usina irá contratar outros 80 funcionários.
Com investimento de R$ 900 milhões, a usina terá 450 MW de potência, energia suficiente para abastecer uma cidade com 1 milhão de habitantes. O início da construção, prevista para 2010, vai depender do resultado do leilão de energia elétrica, que será realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em dezembro.
Para o prefeito de Queimados, Max Rodrigues Lemos, a vinda da usina termelétrica para a cidade será uma máquina de investimentos. “Além de oferecer empregos para os moradores, a termelétrica vai gerar recursos financeiros para Queimados. O ISS (Imposto Sobre Serviço) é um imposto que entra diretamente para os cofres da Prefeitura. Esse dinheiro será aplicado de forma pública. Teremos uma conta aberta para que a população acompanhe toda a movimentação e saiba as vantagens de ter um empreendimento desse porte em nossa cidade”, frisou Max.
O Prefeito também anunciou que como forma de compensação de impacto ambiental e com parte dos recursos repassados pela GenPower, pretende transformar os 248 mil metros quadrado do Morro da Baleia num Parque Municipal Natural. O projeto já foi enviado para a Câmara de Vereadores e está em fase de aprovação.
A Usina Termelétrica será composta por dois módulos, que poderão operar conjunta ou separadamente: Modulo I – 330 MW – utilizando turbinas a gás natural e vapor, em ciclo combinado, que garantirá uma economia de aproximadamente 29% no consumo de combustível; Modulo II – 120 MW – utilizando motores.
Segundo a representante da GenPower, Flávia Teixeira, a UTE Queimados utilizará água da concessionária pública e contará com um sistema de aproveitamento de água da chuva. “Apenas para o resfriamento do módulo I será utilizada água do Rio Guandu e todo volume captado passará por um processo de filtragem, para não comprometer os equipamentos, e posteriormente será integralmente devolvida ao rio”, destacou Flávia, acrescentando que a empresa fará constante monitoramento da qualidade da água e do ar.
Além dos 750 empregos na fase de construção do empreendimento e outros 80 quando estiver funcionando, uma parceria entre a empresa e a Prefeitura vai oferecer ainda treinamento e capacitação profissional, através de um programa voltado para a qualificação da mão-de-obra disponível no município, que será priorizada no momento da contratação.
Voltadas ao “regime de disponibilidade”, as UTEs são programadas para complementar a matriz energética em caso de emergência, despachando apenas nas hipóteses de deficiência elétrica ou energética, quando ocorrer, por exemplo, interrupção no sistema de transmissão (como durante o apagão de 2001) ou queda de vazão hídrica que comprometa a geração pelas hidrelétricas, que operam na base do sistema nacional.
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