Evento teve como objetivo conscientizar a população sobre as dificuldades dos deficientes visuais
Marina Mendes - No último dia 8 de abril comemorou-se o Dia Nacional do Sistema Braile. E para celebrar essa data, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Promoção de Cidadania, realizou nesta quinta-feira (12) uma palestra em alusão ao tema, com o objetivo de conscientizar a população sobre a história do sistema e a importância das políticas públicas para inclusão das pessoas cegas no sistema educacional do Brasil.
Entre os temas debatidos, estiveram “A história do braile tocando as palavras com as pontas dos dedos”, mediada pelo Professor Francisco Antônio de Sousa, e ainda “A importância do Sistema Braille na vida do deficiente visual”, abordada pelo Professor especialista Marco Viegas, que destacou os avanços da acessibilidade e da inclusão no contexto social.
O Prefeito Carlos Vilela, que esteve no evento, ressaltou a importância da celebração dessa data. “Temos investido cada vez mais na luta da pessoa com deficiência. Sei como essa batalha é imensa, e por isso é preciso pensar em todas as possibilidades para melhorar a acessibilidade nas ruas, nas escolas, no trabalho. Precisamos continuar avançando e continuar celebrando esse tipo de conscientização, que é muito nobre”, afirmou.
Para o Secretário de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos, professor Carlos Albino, a informação, de um modo geral, é de grande importância para a nossa formação, mas que repassar a ideia também é um grande passo. “Eu espero que depois do evento de hoje possamos não só aprender sobre esse tema, que em muitos momentos é esquecido, mas também que possamos nos conscientizar e propagar essas ideias por onde passarmos”, afirmou o gestor.
Exemplo de superação
E se a data foi um marco histórico para o município de Queimados, foi mais importante ainda para a jovem Gabrielle Bazet, de 16 anos. A estudante, que já nasceu com o olhar parcialmente comprometido, perdeu totalmente sua visão depois de um tombo, durante a infância. Mas mesmo depois de não enxergar mais, Gabrielle nunca perdeu seus sonhos de vista. “Já fui bailarina, mas cansei. Então me apresentaram o teclado, e logo no primeiro contato eu senti nas teclas algo diferente, que me encantou muito”, contou.
Sobre o evento, Gabrielle se apresentou e afirmou estar muito feliz por ver que na sua cidade os deficientes visuais estão sendo lembrados. “Estar comemorando o dia do sistema braile é ótimo, porque me faz acreditar que tem alguém se preocupando com pessoas como eu. É um esforço em muitos casos, mas é um trabalho que vale a pena”.
A moradora do bairro São Francisco, que estudou no Instituto Benjamin Constant durante o ensino fundamental, fala com muito orgulho da nova fase, o ensino médio, que começou a cursar no Colégio Pedro II. “Quando me dizem que não posso, eu quero mais ainda ir lá e fazer”, concluiu.
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