sexta-feira, 11 de junho de 2010

Técnica com pneus usados vão conter deslizamentos em Queimados


Dando continuidade ao trabalho de prevenção contra riscos de deslizamentos em encostas de morros e margens de rios, a Prefeitura de Queimados, através da Secretaria de Habitação e Obras (Sehob), em parceria com a Defesa Civil, deu início nesta semana a uma ação preventiva de construção de barreiras com pneus. Chamada de “muro de solo-pneus”, a técnica, que já foi experimentada por universidades federais de engenharia, tem a finalidade de montar uma estrutura (barreira) com encaixes de diversos pneus descartados e evitar possíveis deslizamentos de terra.

Um dos primeiros locais a receber a nova técnica de contenção foi a margem do Rio Camboatá, no bairro São Cristóvão, e contou com a utilização de mais de 500 pneus. O objetivo é desenvolver um trabalho preventivo em áreas de risco com a técnica que tem grande eficiência a baixo custo. Desde o dia 5 de abril deste ano (2010), o município vem sendo atingido pelas fortes chuvas que ocorreram na Região Metropolitana do Rio. Os bairros Parque Eldorado, Santa Rosa, Inconfidência, Morro da Caixa D’Água e Centro foram os mais castigados pelos temporais.

Já aguardando o período de chuvas do inverno, a ação irá percorrer os pontos considerados de risco da cidade para tomar medidas preventivas e colocar em prática os métodos de contenção do solo. A Prefeitura também pretende fiscalizar e coibir construções de imóveis sem autorização prévia da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente; notificar construções em áreas de risco; criar uma comissão de técnicos para agir em caso de emergência, entre outras ações.

De acordo com engenheiro civil da Sehob, Juliano de Lima, com a utilização das barragens de pneus há uma economia de quase 90% em comparação a de uma obra de construção de encosta convencional. “A construção do muro de solo-pneus é uma medida preventiva e de caráter paliativo, mas que já foi comprovado ser bastante eficiente por diversas universidades federais de engenharia. Com esta técnica de contenção há uma economia significativa, principalmente na parte de mão de obra”, ressaltou o engenheiro, também informando que a técnica é ecologicamente correta por dar um destino final aos pneus jogados fora.

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