segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Rede de Atenção à Saúde Mental faz trabalho de ressocialização de pacientes em Queimados

Pacientes de residência terapêutica 
Sob determinação do Ministério da Saúde (MS), e com apoio do Ministério Público (MP), em que os hospitais psiquiátricos (manicômios) fossem abolidos no tratamento de pacientes com transtornos mentais, os Centros de Atenção Psicossocial têm sido as principais unidades de atendimento psicológico e psiquiátrico da rede pública de saúde. O motivo da ação, de acordo com o MS, é que os hospitais não possuem estrutura para atender ao número de internações e de oferecer condições salubres durante o tratamento psiquiátrico.     

Em Queimados, a rede municipal de Atenção à Saúde Mental conta com cinco unidades de tratamento: Centros de Atenção Psicossocial (Caps), destinado a adultos, Centros de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), um Núcleo de Álcool e Drogas (AD) e duas residências terapêuticas – unidades que servem de moradia para os pacientes com distúrbios graves oriundos de hospitais psiquiátricos –. O Núcleo, que funciona de segunda à sexta, no Centro de Tratamento de Hipertensão e Diabetes (CETHID), faz atendimento de pessoas que buscam se tratar do alcoolismo e da dependência química.   

Tratado como prioridade pelo governo, as unidades de saúde mental têm como função: oferecer terapias ocupacionais, atividades que amenizam complicações psíquicas graves (depressão, autismo, esquizofrenia, entre outros distúrbios) além de ressocializar os pacientes, segundo o prefeito de Queimados, Max Lemos.  Atualmente, o Caps da Prefeitura de Queimados atende 200 pacientes pessoas por mês e o Capsi 100. "A maioria dos pacientes sofre de transtornos mentais graves, sendo o quadro clínico de esquizofrenia o mais comum", contou Max Lemos. 

Segundo o coordenador da Saúde Mental de Queimados, Edílson Ventura (foto), a rede de Atenção à Saúde Mental tem como foco ressocializar os pacientes e, assim, trazê-los ao convívio em sociedade. “Trabalhamos sempre focando na ressocialização dos pacientes. Temos unidades de atendimento espalhadas pela cidade. Nossa intenção é ampliar essa rede de atendimento como mais um Caps e mais duas residências terapêuticas. O Caps será destinado ao tratamento de dependentes químicos e de álcool”, comentou o coordenador. 

Alfabetização de pacientes 

Parceria entre as Secretarias Municipais de Educação e de Saúde, o projeto do Ministério da Educação (MEC), Brasil Alfabetizado, que recebe alunos analfabetos e/ou analfabetos funcionais da terceira da idade também disponibiliza aulas para pacientes das residências terapêuticas do município. As aulas acontecem de terça à quinta-feira sempre no auditório do CETHID, das 14 às 16h.   

Pacientes têm aulas de alfabetização
Coordenadora do Brasil Alfabetizado e do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), Letícia Fajardo, diz que depois que os alunos deficientes intelectuais passaram a freqüentar as aulas e participar de atividades junto com os demais colegas de sala, a iniciativa tem ajudado na convivência com outras pessoas. “Aqui, além da alfabetização, eles têm aulas de desenho e pintura. Essas são as atividades que eles mais gostam de fazer. Depois que passaram a freqüentar as aulas, percebemos que eles ficaram mais comunicativos. Acreditamos que ter contato com outras pessoas vai facilitar o convívio deles em sociedade”, comentou Fajardo.   

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6% da população sofre de algum tipo de transtorno mental. O número aumenta a cada ano. De acordo com o levantamento da Coordenadoria de Saúde Mental de Queimados, estima-se que mais de 8 mil queimadenses tenham um quadro clínico psiquiátrico classificados em graus leve a moderado.O município possui 138 mil habitantes, segundo o IBGE.

Serviços gratuitos do Caps e Capsi  

Os Caps e Capsi oferecem atividades e serviços gratuitos para tratamento. Os interessados podem procurar a Coordenadoria de Saúde Mental, que fica no Hospital Geral de Queimados/ CETHID (Av. Vereador Marinho Hemetério de Oliveira, s/n° - Vila Pacaembú), ou ligar para o telefone (21) 2665-8807.  O Caps funciona na Travessa Marques, nº 195, no Centro (telefone: 2779-9103). Já o Capsi fica na Rua Julio Kengen, nº 14, também no Centro (telefone: 2665-1238). As unidades funcionam sempre de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. 

Um comentário:

  1. Sou Joacy Cabral, tenho uma filha de 5anos que após 4 anos de investigações conseguimos diagnosticá-la de displasia Cortical....crises convulsiva refratária, com conseguencia de ataque ao cognitivo, estarei realmente precisando da atenção do Caps Infantil, parabéns pelo trabalho...

    ResponderExcluir

deixe aqui seu comentário sobre esta notícia.