terça-feira, 19 de março de 2019

Queimados debate estratégias de cuidados a pessoas em situação de rua

Levantamento feito pelo CREAS da cidade aponta que perfil desta parte da população tem maioria masculina e com idade entre 30 e 45 anos

Fotos: Thiago Loureiro
Aline Lopes- Tanto nos grandes centros urbanos como em cidades pequenas, é cada vez mais comum a existência de pessoas que passam as noites dormindo sob marquises, em praças, calçadas, embaixo de viadutos e pontes. Os moradores em situação de rua formam parte da população que luta diariamente pela sobrevivência e pelo reconhecimento como cidadãos. E para elaborar políticas públicas capazes de garantir os direitos desses moradores, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde em parceira com a Assistência Social, realizou o “Fórum Intersetorial de Saúde Mental”, nesta segunda-feira (18).

Sob o tema “População de Rua”, o Fórum aconteceu no auditório da SEMUS e reuniu aproximadamente 60 espectadores para debater formas de prestar assistência social ou médica a pessoas que ocupam as vias públicas. De acordo com a Coordenadora de Saúde Mental, Tânia Alves, a meta é implantar um “consultório de rua” para levar os atendimentos médicos até essa população.

Na oportunidade, o Coordenador do Centro de Referência Especialização de Assistência Social, Thiago Schubert, apresentou o perfil dos moradores em situação de rua da cidade. Com base nos prontuários de cadastrados na rede municipal entre 2007 e novembro de 2018, foi identificado que 80% da população em situação rua é formada por homens, 49,2% têm entre 30 e 45 anos e apenas 10% não possui renda, moradia ou vínculos familiares.

Graças à pesquisa, foi possível observar que a maioria dessas pessoas que peregrinam pela cidade possuem casa e renda, e estão nas ruas periodicamente por conta de conflitos com a família, transtornos mentais ou por serem migrantes. De acordo com a Secretária Municipal de Saúde, Drª Lívia Guedes, traçar esse perfil é importante para desenvolver estratégias de abordagem e assistência a essa população.

“Infelizmente essas pessoas são alvos constantes de preconceitos, discriminação e exploração financeira, o que exige uma compreensão e um olhar mais humanizado. Por isso, esse é o momento que temos que unir forças como poder público e ajudar essa população. Eles têm os mesmos diretos à saúde, educação, segurança e diversos outros serviços como qualquer outro cidadão”, afirmou a gestora.

O município já conta com uma equipe dedicada em cuidar dessas pessoas em situação de rua. Além disso, há também o trabalho desenvolvido pelo CREAS, que atende famílias ou indivíduos que tenham vivenciado violações como violência física, psicológica e outros, com o auxílio de ações realizadas em conjunto com o Núcleo Álcool e Outras Drogas, Centro de Atenção Psicossocial e equipamentos do Sistema Único de Saúde.

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