Durante dois dias, psicólogas do CEAM conscientizaram mães de alunos sobre importância de denunciar agressões
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Imagens: Thiago Loureiro/ SEMCOM - PMQ |
Priscila Renovato - Dois dias inteiros para conscientizar mães de estudantes da rede municipal de ensino de Queimados acerca dos crescentes números de violência doméstica. Essa foi a proposta do “Chá das Mulheres: Minha família. Eu amo, Eu cuido!”, encontro promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, nesta quarta (24) e quinta-feira (25), na Escola Municipal Professora Maria Corágio Pereira Xanchão, no bairro Jardim da Fonte.
O bate-papo contou com a presença de cerca de 70 mulheres, além das psicólogas do CEAM de Queimados (Centro Especializado de Atendimento à Mulher), Dalexiany Moraes e Pamela Arruda, que falaram abertamente sobre as variadas formas de violência cometidas pelos agressores.
“A agressão pode ocorrer tanto como uma ofensa verbal, moral ou sexual. Muitas mulheres têm a sua identidade destruída por palavras ofensivas que elas internalizam e isso acaba por construir uma dependência emocional muito forte com o agressor. Nem sempre é uma questão de dependência financeira, pois casos como esses acontecem em todas as classes sociais. É preciso romper com o ciclo da violência e empoderar essas mulheres para que elas se sintam seguras e confiantes ao denunciar seus agressores”, afirmou Dalexiany.
A Coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres de Queimados, Eliana Leôncio, deu exemplos práticos de como começam as agressões. “O marido não quer deixar a esposa usar determinada roupa, a proíbe de sair de casa, de trabalhar fora do lar ou estudar e, até mesmo, visitar os parentes e isso configura relacionamento abusivo. Com a autoestima destruída, muitas mulheres não denunciam seus agressores por medo ou vergonha e se sentem culpadas justificando as agressões por uso de bebidas alcoólicas, drogas, desemprego, ciúmes e etc.”, afirmou a Coordenadora.
Matéria intetessante.
ResponderExcluirParabéns a prefeitura pela iniciativa.