quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Mês da Consciência Negra: Educação antirracista é debatida em Queimados

III Seminário de Relações Étnico-Raciais reuniu cerca de 200 espectadores nesta quinta-feira (28)

O aluno Erick Caetano (10) participou da iniciativa
IMG Thiago Loureiro/PQM-SEMCOM
André Uchôa - Promover a reflexão e discutir a educação e as relações étnico-raciais dentro das escolas. Foi com essas propostas que a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria de Educação, promoveu nesta quinta-feira (28) o encerramento do mês em prol da consciência negra durante o III Seminário de Educação e Relações Étnico-Raciais.

Sob o tema “Educação e Educação Antirracista: Transitoriedades e Processos”, mais de 200 pessoas, entre profissionais da educação e representantes de outras redes ensino, estiveram no Teatro Metodista para debater a diversidade, o protagonismo do negro e a promoção da justiça racial.

Ao longo do ano, o Grupo de Estudo e Pesquisa de Educação e Relações Étnico-Raciais (GEPEERQ) desenvolveu diversas ações abordando o enfrentamento ao racismo dentro das escolas da rede municipal. Orientados pelos professores, os estudantes participaram de atividades interdisciplinares com o  objetivo de resgatar as origens históricas e culturais do povo negro e sua relevância para a sociedade brasileira.

A proposta, segundo a Articuladora do Grupo, Luzia de Fátima, é refletir sobre o processo de construção das memórias da população negra. “Nosso objetivo é resgatar e desmistificar a história de formação do Brasil. Durante todo o ano intensificamos essas abordagens com os membros do grupo. Esse debate é necessário para uma sociedade saudável”, afirmou.

Já a Subsecretária de Educação, Dilcelina Souza, ressaltou a importância de promover o seminário. “Precisamos ir contra o racismo e quebrar os paradigmas impostos pela sociedade em geral. Por esse e demais motivos estamos aqui. É uma honra receber esse grupo de pessoas que estão interessadas não só pelo tema, mas em disseminar o conhecimento dentro e fora da sala de aula”, enfatizou a Pedagoga.

Arte no combate ao racismo

Após a abertura, os alunos da Escola Municipal Carlos Pereira Neto, que fazem parte da Companhia de Dança da unidade, encantaram a plateia com uma apresentação de dança que resgatava a identidade da África. Além da exposição de acessórios da artesã Tânia Duarte.

Outro destaque da programação foi a palestra “Pedagogia do Afeto: a emergência de se permitir afetar para o bem viver”, ministrada pela Cientista Social Alessandra Nzinga. “Não há educação sem contato. Quando colocamos o humano no centro e ali há uma relação de empatia conseguimos entender que aquela pessoa também é parte de você. Essa foi a metodologia que eu encontrei para trabalhar com profissionais e alunos pobres, favelados e periféricos, para avançarmos no processo de ensino-aprendizagem. Somos um único povo do mundo que fala através do contato físico”, afirmou a profissional.

Um comentário:

  1. Todo o evento foi muito especial, palestrantes diretos e objetivos em defesa da causa da igualdade de Direitos do povo negro e sua descendência.
    Agradeço o carinho e sensibilidade da equipe da SEMED e Comunicação com as crianças, que se sentiram reais protagonistas, reconhecidos e valorizados neste processo.

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