Mesa de debate abordou diversos assuntos como a violência empreendida contra travestis e transexuais e dificuldades desse público no acesso ao mercado de trabalho
Marina Mendes - Para marcar o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, celebrado anualmente no dia 29 de janeiro, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Promoção de Cidadania, promoveu na última segunda-feira uma mesa de debate para discutir o tema. O evento, realizado no Centro de Esporte e Lazer da Terceira Idade, foi mediado pela ativista Layla Monteiro, pelo Presidente da ALED (Associação pela Liberdade de Expressão e Diversidade), Araújo Costa, pela Coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Eliana Leôncio, e pelo Secretário da pasta, Carlos Albino.
Dentre os assuntos que foram abordados no encontro, estão: a violência empreendida contra travestis e transexuais e a promoção de ações para discutir, dar visibilidade e trabalhar o empoderamento desse público. De acordo com o relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), entre janeiro e dezembro de 2017, foram registrados 179 assassinatos de travestis, mulheres e homens transexuais, o que garante ao Brasil a primeira posição no ranking de país que mais mata a população transexual no mundo.
O Secretário Municipal de Direitos Humanos e Promoção da Cidadania, professor Carlos Albino agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância de discutir e conscientizar sobre a cidadania não só de pessoas trans, mas de toda a comunidade LGBT. “Todo esse movimento é preciso, e mais necessário ainda é o engajamento que isso proporciona, a cada evento realizado”, declarou o gestor.
O encontro foi o primeiro evento institucional em homenagem à cidadania trans, e por isso, considerado um ‘marco histórico’, para o Presidente da ALED, Araújo Costa. “Quem está aqui hoje, está fazendo parte de um momento inesquecível da história do município”, disse.
A data foi criada em 2004,
quando pessoas trans fizeram história ao adentrarem o Congresso Nacional para reivindicarem seus direitos. No entanto, 14 anos depois, a realidade da comunidade transexual ainda está longe de ser aquela imaginada pelos militantes. Layla Monteiro, que é travesti e ativista do movimento, explica a dificuldade de se inserir no mercado de trabalho e ter acesso a serviços de saúde. “Todas essas pessoas estão se prostituindo, muitas vezes com problemas psicológicos, para poder ter o que comer”, concluiu.
quando pessoas trans fizeram história ao adentrarem o Congresso Nacional para reivindicarem seus direitos. No entanto, 14 anos depois, a realidade da comunidade transexual ainda está longe de ser aquela imaginada pelos militantes. Layla Monteiro, que é travesti e ativista do movimento, explica a dificuldade de se inserir no mercado de trabalho e ter acesso a serviços de saúde. “Todas essas pessoas estão se prostituindo, muitas vezes com problemas psicológicos, para poder ter o que comer”, concluiu.
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