segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Capoeiristas de Queimados participam de batizado e troca de corda

A Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial de Queimados, em parceria com a Associação Desportiva Brasileira e Capoeiragem realizaram neste domingo, 19 de dezembro, mais uma cerimônia de Batizado e Entrega de Cordas. O encontro aconteceu no Ginásio da Escola Municipal Leopoldo Machado e reuniu grupos de diferentes regiões da Baixada Fluminense e Região Metropolitana do Estado.

O Batizado é realizado para capoeiristas iniciantes, só a partir de então cada aluno recebe um apelido dentro de suas características físicas e pessoais mais marcantes que o acompanha para o resto de sua vida dentro da prática da capoeira. A cerimônia da Entrega de Cordas marca o início de uma etapa mais avançada do capoeirista. Vale lembrar que todos os aprendizes passam por uma avaliação que mede comportamento particular, notas escolares, ritmos e habilidades específicas para toques.

Na capoeira existem seis tipos de cordas, onde cada uma tem um significado. A primeira, a Corda Crua Amarela, é onde os iniciantes recebem seu codinome após o batizado; na corda Amarela, significa o florescimento do conhecimento da capoeira; na Amarela-Laranja o aluno já tem um conhecimento mais profundo da filosofia da capoeira é a fase de desenvolvimento; a corda Laranja representa o sol poente, o domínio do conhecimento; a corda Laranja-Azul é a transposição, a cor laranja significa o sol e o azul, mar, é onde o capoeirista está além do conhecimento histórico e instrumental e na corda Azul significa a fase de graduação dentro da capoeira.

Para o Mestre e coordenador da Associação Desportiva Brasileira e Capoeiragem, Arlindo Sampaio, encontros como estes são importantes para trazer a cultura afro-brasileira cada vez mais pra perto da realidade de todos. “A Capoeira é, muito provavelmente, a manifestação cultural mais brasileira que nós temos. A nossa resistência é para manter a tradição e difundir o valor da cultura negra na nossa história”, destacou Mestre Sampaio.

Quem ficou até o final da cerimônia pôde apreciar uma das mais famosas iguarias da culinária brasileira, o Angu à Baiana, que encerrou o encontro com um grande almoço no melhor estilo afro-brasileiro regado à roda de capoeira, jongo e cantigas de roda.

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