terça-feira, 21 de maio de 2019

Pequenos combatentes: Alunos de escola pública de Queimados entram na guerra contra o Aedes aegypti

As crianças deram um show de sabedoria e apresentaram para os adultos diversas formas de combater o mosquito
Fotos: Thiago Loureiro
Aline Lopes - A guerra contra o Aedes Aegypti ganhará um grande reforço: Os pequenos alunos da Escola Municipal Carlos Pereira Neto, em Queimados. Eles estão super treinados para dar um fim no mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Com o tema “Escola sem mosquito: Comunicação, informação e prevenção”, os 630 pequenos deram um show de sabedoria ao apresentar para os pais e responsáveis algumas formas de combater esse mal em 10 minutos, num evento realizado nesta terça (21) na unidade de ensino. 

A ação realizada pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Educação, faz parte do projeto “A Comunicação que nos Aproxima”. A escolha do tema foi para alertar os moradores da região sobre a importância de embarcarem na luta contra o mosquito. De acordo com o último LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação doAedes Aegypti), realizado em maio, o bairro São Roque – onde fica a escola- está em sinal de alerta, com 2,75% de foco.

Com apresentações teatrais, musicais e experiências mirabolantes, os pequenos mostraram que sacam muito do assunto. Quem esteve no evento foi o prefeito Carlos Vilela e falou sobre a guerra ao mosquito: “Combater o Aedes Aegypti é um dever de todos. A gestão municipal já está fazendo a parte dela, conscientizando a população, fazendo os mutirões de limpeza nos bairros e colocando os agentes de endemias nas ruas durante todo o ano para inspecionar as residências, comércios e terrenos baldios, mas sozinhos não vamos conseguir. É preciso que todo o povo queimadense abrace essa causa e elimine todos os focos de água parada dos seus quintais”, explicou o Prefeito Carlos Vilela.

Acreditando que grandes transformações são iniciadas pela mudança da consciência, o Secretário Municipal de Educação, Lenine Lemos, afirma que a sala de aula é o melhor lugar de aprendizado. “As crianças podem se tornar grandes fiscais contra a Dengue e ajudar os pais no combate do mosquito, pois eles sempre vão chamar a atenção dos adultos ao verem focos de água parada espalhados pelos quintais”, destacou.

Pequenos multiplicadores

Aprendendo na escola e ensinando em casa. Após colocar a mão na massa e pesquisar bastante sobre formas de combater o Aedes Aegypti, a pequena Gabrielle Santana (10) já se sente experiente no assunto. “Existe uma pequena armadilha, conhecida como mosquitérica para capturar o mosquito enquanto ele ainda é uma larva que é bem simples de fazer. Precisamos apenas de uma garrafa pet, tela de tecido e uma isca, que pode ser arroz ou alpiste. Já até expliquei a minha mãe como faz para acabarmos de vez com esse mal em casa”, explicou a aluna do 5º ano que mora no bairro Jardim Alzira.

Outra experiente no assunto é a pequena "mosquitinha", Priscila Martins (9), vestida a caráter para apresentar seu espetáculo, ela deu um show de sabedoria. “Sempre ajudo a minha mãe a fazer aquela vistoria no quintal para eliminar todos os focos de mosquito. Assim, evitamos que nós e os nossos vizinhos sejam contaminados e fiquem doentes”, afirmou a moradora do bairro São Miguel.


Apesar do reforço dos alunos, a responsabilidade é de todos. Em casos de terrenos abandonados e focos do Aedes Aegypti nas casas, a população precisa ligar para o Disque-Dengue pelo (21) 2665-3939 e solicitar os agentes de endemias no local para a fiscalização e eliminação do criadouro. 

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