Palestras aconteceram nesta segunda (9) e objetivaram a inclusão do tratamento da SPP na saúde pública
Imagens Igor Lima/PMQ |
O I Encontro Regional de Poliomielite e Síndrome Pós-Poliomielite foi realizado na Câmara Municipal de Vereadores e abordou as causas, acompanhamento e tratamento da doença. A doença contagiosa é causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes.
A SPP é provocada pela desordem neurológica em pessoas que tiveram pólio pelo menos 15 anos antes. Estima-se que cerca de 75% das pessoas que tiveram poliomielite paralítica na infância sofrem de síndrome pós-pólio no Brasil. Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Drª Lívia Guedes, a vacina é a única forma de prevenção. “Nossa cidade tem um compromisso sério com a prevenção de doenças. A vacinação é a única forma de prevenir a poliomielite e, que deve ser feita em todas as crianças menores de cinco anos. Manter a caderneta de vacinação em dia é uma das formas de salvarmos uma vida”, garante a pediatra.
Mesmo em uma cadeira de rodas, o aposentado Ailton Cesar (47) não mede esforços para militar em prol do reconhecimento da síndrome pós-pólio. “Eu contraí a doença aos nove meses. E, só após várias cirurgias, consegui andar aos 14 anos. Depois de um tempo sofri um acidente na perna, a qual tinha sequelas da doença, desde então fiquei impossibilitado de andar. Não foi difícil lutar com as sequela, mas o pós-pólio começou a me atingir e por isso precisamos lutar para garantir que o SUS ofereça tratamento de cuidado e prevenção desta síndrome”, afirma.
A Coordenadora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Sirlene Marquioli, conta que é uma sobrevivente da doença. “Mesmo tendo contraído o vírus com apenas um mês de idade, consegui lutar para sobreviver. Hoje ser acometida da síndrome, me fez perceber que a luta contra a pós-pólio nunca acaba. Esse encontro é fundamental para que possamos implementar na cidade assistências necessárias para o público que sofre com os agravos posteriores”, conta a gestora.
Para a fisioterapeuta Andreza Santos o tratamento é importante, pois visa diminuir a dor do paciente e melhorar sua autoestima. “O paciente com síndrome pós-pólio tende a perder sua função muscular. A doença foi descoberta a pouco tempo e estamos focados em oferecer tratamento fisioterapêutico, proporcionado ao paciente retornar suas atividades musculares e, claro, melhorando sua qualidade de vida. O acompanhamento psicológico e terapêutico também é um diferencial no resultado final de todas as sessões”, conclui a palestrante.
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