terça-feira, 12 de junho de 2018

Queimados promove passeata para alertar a importância do combate ao trabalho infantil

Profissionais da Assistência Social do município alertaram comunidade acerca do tema e realizaram ações educativas em praça pública


Marina Mendes - No último ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que cerca de 1,8 milhão de meninos e meninas com idade entre 5 e 17 anos trabalham em atividades proibidas pela legislação nacional. E para lembrar a importância do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, realizou uma ação que movimentou a Praça Nossa Senhora da Conceição, nesta terça-feira (12).
Com o objetivo de alertar e conscientizar a sociedade - sobretudo os trabalhadores e empregadores - acerca do tema, os funcionários da Pasta realizaram uma caminhada da sede da Secretaria até a Praça, que fica no Centro da cidade.
Sob o tema “Não proteger a infância é condenar o futuro”, os profissionais dos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente se reuniram para fomentar e esclarecer ações que contribuem para a causa.
Além disso, a ação contou com uma tenda de atividades infantis - como desenho e pintura -, um espaço para esclarecimento de dúvidas e a presença do “Escambo Literário”, iniciativa de troca de livros do Projeto Prof. Fábio Castelano.
Para representar o Prefeito Carlos Vilela, quem esteve presente foi o vice-prefeito Machado Laz, que esclareceu como o trabalho infantil é um retrato de atraso de qualquer sociedade. “A infância é um investimento social e familiar, e por isso, a criança deve ser protegida. Como governo devemos incentivar cada vez mais a política pública, já que nossas crianças são o futuro e nosso meio de evoluir”, afirmou.
Já para o Secretário da Pasta, Elton Teixeira, a exploração da mão de obra infantil compromete o desenvolvimento das crianças. “Lugar de criança é na creche, na escola ou brincando, não trabalhando. É preciso conscientizar todos aqui sobre isso, e é por isso que nossa equipe está articulando não só com a população, mas com toda a rede pública para mostrar as alternativas e combater esse problema”, concluiu o gestor.
Diagnóstico social
Quem também marcou presença foi a Prof.ª Dr. Vânia Sierra, titular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em uma parceria com a Secretaria, a professora, que é Doutora em Sociologia, vem desempenhando um mapeamento para um futuro diagnóstico social sobre o tema na cidade, que vai apontar quais as localidades de Queimados que estão mais vulneráveis a esse problema.
“Um município como Queimados, que tem potencial para crescer ainda mais, não pode admitir o trabalho infantil. Antes dos 13 anos, é totalmente proibido. De 14 aos 16, somente como aprendiz; e de 16 aos 18, também é necessário observar em que condições acontece esse trabalho”, ressaltou a professora.

A moradora do bairro Jardim da Fonte, dona Ideir Silva Santana (63), aprovou a ação e ainda levou o bisneto Pedro Henrique (9) para participar da tenda de atividades para crianças. “É muito legal que todos saibam que criança merece ter uma infância saudável. Isso é o que eu sempre prezei, tanto para os meus filhos quanto pros meus netos”, afirmou.

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