Fotos: Luiz Ambrosio
Dr. Fátima Cristina fala aos diabéticos |
Para facilitar a vida das pessoas que sofrem com Diabetes, a Secretaria
Municipal de Saúde de Queimados, através do Programa de Hipertensão e Diabetes,
está oferecendo aos cerca de 3 mil pacientes, várias alternativas paliativas
como acompanhamento especializado, doação de kits com o aparelho de medição com
as fitas e orientação sobre qualidade de vida, através de palestras sobre os
cuidados com a saúde que podem minimizar os efeitos da doença. Nesta quarta
(31) foram entregues mais 100, do total de 260 kits.
Segundo a secretária de saúde, Dr.ª Fátima Cristina, a expectativa é
terminar o ano com 600 kits entregues. “Queremos que as pessoas cheguem na meia
idade com qualidade de vida. Não tem necessidade de perder a mobilidade porque
teve de amputar uma perna ou pé, se o paciente seguir as orientações médicas”,
destacou a Secretária de saúde, Dr. ª Fátima Cristina.
Atenção aos sintomas da doença
Dona Maria das Neves recebe o seu kit das mãos da secretária de saúde, Dr. Fátima Cristina. |
Vontade de urinar diversas vezes, fome frequente e perda de peso ao
mesmo tempo, boca seca e os pés dormentes, estes foram alguns sintomas
observados por dona Maria das Neves que adquiriu a doença depois de um baque
emocional sofrido aos 51 anos. “Eu comecei a ter estes sintomas depois de um
momento de muito estresse na minha vida. A partir daí, começou o martírio
porque a medicação é muito cara e eu tinha de ir ao Posto do bairro vizinho
para medir a glicose. Faço tratamento no CETHD desde 2010, mas confesso que
deixo a desejar na dieta, achei a palestra muito esclarecedora e não imaginava
o perigo que eu estava causando para a minha velhice ao não seguir a dieta. Com
os medicamentos gratuitos e os esclarecimentos, vou cuidar melhor de mim”,
garantiu a paciente que mora no bairro Vista Alegre.
No entanto, sintomas como nervosismo, náusea, fadiga se confundem com
outras doenças. Tudo dificulta o diagnóstico da Diabetes que pode ser
descoberta por volta dos 35 anos. Depois da descoberta, vem o segundo susto: O
custo dos remédios. Pessoas com Diabetes do tipo 1 precisam fazer uso
da injeção de insulina e mediações do nível de açúcar no sangue pelo menos três
vezes por dia. Quem não tem o aparelho e as fitas, que custa em torno de uns R$
300, fora a medicação, precisa procurar uma unidade de saúde mais próxima para
fazer o acompanhamento e receber a medicação gratuita.
Queimados tem 3.418 diabéticos
em tratamento. Para aderir ao Programa é preciso ter uma receita de no máximo
seis meses constatando a doença, carteira de identidade, CPF e comprovante de
residência. A Sede do Programa fica na Av. Irmãos Guinle, 673, Centro, (próximo
da Nalin) e funciona das 8h às 17h, de segunda à sexta. A equipe é composta por
três funcionários, sendo uma enfermeira responsável e coordenadora, mais duas
pessoas na secretaria do Programa.