terça-feira, 1 de outubro de 2013

Conselho de Políticas de Promoção da Igualdade Racial toma posse em Queimados

Texto: Felipe Carvalho
Fotos: Bruna Cassimiro
Com o objetivo de continuarem firmes na luta contra o preconceito racial com a deliberação de políticas públicas, os novos integrantes do Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Queimados tomaram posse oficialmente na última sexta-feira, 27, durante cerimônia realizada na Câmara de Vereadores. Os 20 novos membros (10 titulares e 10 suplentes) irão representar o poder público e sociedade civil de forma paritária durante a gestão 2013/2015. O evento contou com a presença do Secretário Municipal de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos, José Ribamar Dadinho, que representou o Prefeito Max Lemos na solenidade.

Dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro somente 21 cidades contam com algum tipo de Departamento voltado para políticas direcionadas à Igualdade Racial. Em Queimados, existe uma Coordenadoria que foi criada pelo Prefeito Max Lemos em 2009, que desde então vem promovendo diversas atividades com o intuito de diminuir o preconceito racial. Durante a cerimônia de posse, o Secretário José Ribamar Dadinho, anunciou uma novidade. “Fomos o primeiro município da Baixada a assinar o termo de adesão com o Ministério da Igualdade Racial. Com essa conquista poderemos realizar convênios com o Governo Federal”, comemorou Ribamar.

O Coordenador de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Professor Jorge Luiz Fernandes, ressaltou a importância do Conselho na elaboração de políticas públicas de Igualdade Racial. “A Homologação do Conselho vem para dar continuidade à implementação de políticas públicas que buscam acabar com o preconceito racial. Nosso trabalho busca a igualdade em sua plenitude. Uma cidade que cresce como a nossa, tem que avançar cada vez mais na garantia dos direitos sociais”, disse Jorge.

Combate ao preconceito

Para o conselheiro Rogério de Carvalho, que representa as religiões de matrizes africanas, os conselheiros são peças fundamentais para a formulação de políticas afirmativas. “O mais importante é acreditar que podemos fazer o melhor, pensei em desistir algumas vezes, mas o que me dá forças para continuar na luta é o quanto ainda tem que se avançar no combate ao preconceito, seja ele em qualquer esfera. Que possamos tornar nossa sociedade cada vez mais igualitária”, ressaltou Rogério.

A conselheira Naiara Cristina, que também representa as religiões de matrizes africanas no conselho contou uma experiência que passou recentemente quando voltava do trabalho para casa. “Estava caracterizada com roupa da minha religião e mesmo com o ônibus lotado, ninguém sentou do meu lado. Penso que é um absurdo nos dias de hoje ainda existir esse tipo de preconceito. Essa situação serviu para me dar ainda mais força de continuar no conselho para persistir na luta para erradicar este grande mal que assola o mundo”, finalizou Naiara. 

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