terça-feira, 29 de agosto de 2017

Programa de combate ao tabagismo registra mais de 900 atendimentos em Queimados

Fundado há sete anos, projeto oferece terapias em grupo e, se necessários, medicamentos específicos para combater o vício do cigarro

Nesta terça-feira (29) é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data que tem como missão conscientizar a população sobre os danos causados à saúde pelo uso excessivo do tabaco. Há sete anos, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, desenvolve um projeto específico para enfrentar o tabagismo. Neste período, 937 pessoas já foram atendidas, sendo que cerca de 30% delas já conseguiram se libertar do vício do cigarro.

O programa funciona na sede da Vigilância em Saúde do município e consiste em terapias de grupo e atividades que focam no combate à ansiedade. A iniciativa envolve psicólogos e enfermeiros, e se preciso, médicos, dependendo do quanto o cigarro esteja influenciando na saúde do paciente. 

Moradora do Jardim Queimados, Maria das Neves, de 74 anos , foi a primeira paciente que se libertou inteiramente do vício através da terapia oferecida pelo projeto. Desde 2011 sem fumar, ela conta que no início foi difícil, houveram recaídas, mas que as terapias foram essenciais. “Além da terapia em grupo, também fiz a terapia individual, e sei que foi isso que me deu forças. Logo em seguida comecei com os remédios, mas depois de 6 meses, eu tentava ficar sem o adesivo e sem o remédio da ansiedade. Eu não podia trocar um vício por outro”, relata.

Atualmente Maria convive com alguns membros da família que ainda fumam, mas nada a faz voltar para essa realidade. “Se você não quiser, nenhuma ajuda vai fazer você sair do vício. 
É uma luta diária, e o pior, uma luta entre a pessoa e ela mesma, você sempre é o fator principal. Antes eu tinha muitas crises alérgicas e falta de ar, hoje tenho crise duas vezes no ano, ficou muito raro”, relata Maria.

Terapia alivia, mas é preciso força de vontade

Ana Ilza, coordenadora do projeto (à esquerda) e
Kelly Lisboa, subsecretária de Vigilância e Saúde 
Foto: Thiago Loureiro
Para Kelly Lisboa, subsecretária de Vigilância e Saúde, é importante a boa vontade do fumante para que o tratamento funcione de forma eficaz. “Antes de tudo, o indivíduo tem que querer isso pra vida dele. A terapia auxilia e o medicamento alivia a tensão dos pacientes, mas se ele não tiver força de vontade e tiver aqui por imposição de alguém, dificilmente ele consegue aderir o tratamento e chegar até a fase final. Ao abordar o usuário, a primeira coisa que nós perguntamos é o quanto essa pessoa quer”, afirma.

O Programa de Combate ao Tabagismo funciona todos os dias da semana, das 8h às 17h. Para se inscrever e participar, basta ir até a sede de Vigilância e Saúde, que fica na Avenida dos Inconfidentes, 659, Centro, Queimados ou pelo telefone: 2665-5815.





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