Município é o único da região bem avaliado no Índice da Federação das
Indústrias do Rio de Janeiro que se baseia nas contas apresentadas à Secretaria
do Tesouro Nacional
Foto: Thiago Loureiro |
Felipe Carvalho- O Índice
FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado pelo Sistema FIRJAN (Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), aponta que, em 2016, Queimados foi a
única cidade da Baixada Fluminense a apresentar boa gestão fiscal. O município
obteve nota 0,6258 no levantamento, liderando com folga o ranking na região. No
Estado do Rio, Queimados ficou com a quinta colocação e ainda figura entre as
500 melhores cidades do Brasil.
O Índice é
composto por cinco indicadores – Receita Própria, que mede a dependência dos
municípios em relação às transferências dos estados e da União, Gastos com
Pessoal, que verifica se foi cumprido o limite de
gasto com folha de pagamento, Investimentos, que
analisa o montante empregado em realizações,Liquidez, que verifica se estão deixando em caixa recursos suficientes
para honrar os restos a pagar acumulados no ano e Custo da Dívida, que
corresponde às despesas de juros e amortizações.
A
pontuação varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a
gestão fiscal do município no ano em observação. O município de Queimados
obteve nota máxima no indicador Liquidez e 0,99 em custo da dívida.
A
avaliação é dividida em quatro conceitos. O conceito A consiste na gestão de
excelência, quando o município conquista resultados superiores a 0,8 pontos na
média geral. No Estado do Rio, apenas Niterói conseguiu essa façanha. Já o
conceito B, de boa gestão, foi para as cidades que obtiveram notas de 0,6 a
0,8, o caso de Queimados. Os municípios que apresentam gestão em dificuldade
foram avaliados com notas de 0,4 a 0,6 e obtiveram conceito C. Fechando a
lista, as cidades que tiveram pontuação inferior a 0,4 foram avaliados com
conceito D por apresentarem gestão fiscal crítica.
De acordo
com o prefeito de Queimados, Carlos Vilela, que ocupou o de Secretário
Municipal de Fazenda e Planejamento na gestão anterior, a conquista é fruto de
um trabalho em equipe, que visa manter a máquina administrativa ajustada e
transparente. “Não podemos cometer irresponsabilidades. O resultado obtido é
reflexo do firme controle sobre as contas públicas, através do monitoramento
contínuo das receitas”, afirma.
Ainda
segundo o prefeito, a gestão municipal tem feito um trabalho que foca
principalmente em manter os salários dos servidores em dia e os serviços
essenciais em pleno funcionamento, tais como: coleta de lixo, tapa-buraco,
iluminação, retirada de entulho, merenda escolar e fornecimento do medicamento
básico.
Foto: Thiago Loureiro |
“Tínhamos
uma grande capacidade de captação de recursos. No estado, praticamente zerou e
no governo federal caiu consideravelmente. Mesmo assim, os investimentos
continuam: estamos terminando de construir mais três unidades de saúde, vamos
entregar mais 1500 unidades habitacionais, um CRAS, obras de drenagem,
saneamento e pavimentação e vamos licitar até o fim do ano diversas praças
esportivas. Apesar da crise, o Desenvolvimento Econômico continua sendo uma
meta, não perdemos nenhuma fábrica em nosso Distrito e estamos em diálogo com
iniciativa privada para continuarem investindo na cidade”, ressaltou o
prefeito.
O Índice
O Índice
FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF) é uma ferramenta de controle social que tem como
objetivo estimular a cultura da responsabilidade administrativa, possibilitando
maior aprimoramento da gestão fiscal dos municípios, bem como o aperfeiçoamento
das decisões dos gestores públicos quanto à alocação dos recursos. Ele visa
contribuir com uma gestão pública eficiente e democrática.
Lançado em
2012, o IFGF traz o debate sobre um tema de grande importância para o país: a
forma como os tributos pagos pela sociedade são administrados pelas
prefeituras. O índice é construído a partir dos resultados fiscais das próprias
prefeituras – informações de declaração obrigatória e disponibilizadas
anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Com base
nesses dados oficiais, o Índice FIRJAN de Gestão Fiscal 2017 – ano de
referência 2016 - avaliou a situação fiscal de 4.544 municípios, onde vivem
177,8 milhões de pessoas – 87,5% da população brasileira.
Ranking
Baixada:
COLOCAÇÃO
REGIONAL
|
MUNICÍPIO
|
NOTA OBTIDA
|
POSIÇÃO NO ESTADO
|
1º
|
Queimados
|
0.6258
|
5º
|
2º
|
Nilópolis
|
0,5055
|
20º
|
3º
|
Japeri
|
0,4242
|
30º
|
4º
|
Nova Iguaçu
|
0,3888
|
36º
|
5º
|
Paracambi
|
0,3404
|
42º
|
6º
|
Duque de Caxias
|
0.3106
|
43º
|
7º
|
Belford Roxo
|
0,2714
|
46º
|
*OBS: Os
municípios de São João de Meriti, Guapimirim, Itaguaí, Magé, Mesquita e
Seropédica não apresentaram as contas à Secretaria do Tesouro Nacional dentro
do prazo legal, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, e, por isso,
sequer foram avaliados.
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