quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Mergulho na história: Mostra pedagógica resgata origens de Queimados em praça pública

Alunos recontaram a trajetória do município por meio de maquetes, cartazes e apresentações de teatro, dança e música

Professora Fátima Muniz exibe maquete da estação ferroviária
Jéssica Moreira - Uma verdadeira aula sobre as origens de Queimados em plena praça pública. Assim foi a Mostra Pedagógica realizada, nesta quinta-feira (29), pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação. Sob o tema “Quem ama a sua história, conserva a sua memória”, os alunos das 30 escolas municipais e três creches públicas da cidade promoveram uma viagem através do tempo, no evento que contou com a parceria do Sesc. A iniciativa fez parte da programação comemorativa pelos 28 anos de emancipação de Queimados.

Por meio de maquetes, cartazes e apresentações de teatro, dança e música, os estudantes da rede contaram aos espectadores detalhes sobre o surgimento dos bairros onde estudam, com o objetivo de resgatar o histórico das origens do município.

Presente no evento, o Prefeito Carlos Vilela fez questão de visitar todos os estandes do evento e elogiou a ação. "É preciso parabenizar a todos os envolvidos nesse projeto maravilhoso, porque resgatar a história é muito importante para a formação de cada indivíduo. Que nunca esqueçamos as origens de Queimados para fazer valer toda a nossa luta pela emancipação", declarou o gestor.

Para o Secretário da Pasta, Lenine Lemos, a educação de Queimados vive um momento muito especial. “Mostrar na prática a história da nossa gente, vivenciando o passo a passo da emancipação, bem como as experiências vividas no período fortalece o conhecimento da nossa terra e mostra o quanto são importantes as nossas origens. Destaco também que parcerias como a que temos construído com o Sesc são necessárias para a evolução da cidade”, declarou o gestor.

Além de disponibilizar as 46 tendas utilizadas no evento, o Sesc ofertou uma série de serviços gratuitos à população, como: orientação de saúde bucal com aplicação de flúor, oficina de xilogravura (arte e técnica de fazer gravuras em relevo sobre madeira), orientações sobre câncer de mama, de colo de útero, doenças sexualmente transmissíveis e as Exposições Eco África, Imagens da Juventude Sesc e Eco Sistemas do Nordeste Brasileiro.

Mãos que recontaram a história

Orgulhosos, os alunos do Pré II Luiz Otávio (6) e Nicole da Conceição (6) exibiam um grande livro com fatos que marcaram a trajetória de Queimados. O material foi produzido em sala sob a orientação da professora Alessandra Martins. “Usamos chá preto e café para dar esse efeito “envelhecido” nas páginas. Contei a história de uma forma lúdica, aproveitando pra trabalhar a pintura, reciclagem com o papelão e as garrafas pet, além das formas geométricas. Quando meus aluninhos viram o livro pronto ficaram super satisfeitos consigo mesmos”, declarou a educadora da Escola Municipal Paulo Freire.

E o que pode ser mais característico para uma cidade que seu brasão? Para os alunos do 4º ano da E. M. Metodista, cada bolinha de papel colada na peça produzida sob a supervisão da professora Eliane Ferraz traz grandes acontecimentos sobre a trajetória de Queimados. “Usamos mais de 2 mil bolinhas de papel fino respeitando os vários tons do brasão. Eles faziam as bolinhas e eu orientava na colagem. A importância de escolhermos recriar o brasão era resgatar a cidadania, porque hoje eles sabem o significado do trem, da laranja, das estrelas... Foi muito gratificante.”, afirma a docente.

Imagens: SEMCOM - PMQ
Outro estande que atraiu cliques dos espectadores foi o da Escola Municipal Prof. Washington Manoel de Souza. Com maquetes realistas da antiga estação ferroviária e da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, a professora Fátima Muniz incrementava suas aulas de história. “Deixei as salas de aula em 2017, mas a educação nunca saiu de mim. Aquela mesmice de focar apenas na teoria não atrai mais a atenção das crianças e adolescentes. Já trabalhar usando as mãos ajuda a gravar na memória o que está sendo estudado. Sempre usei técnicas em argila, recorte, colagem, pintura e desenho em sala de aula e amo os resultados”, contou a docente que se aposentou em 2017, mas segue apoiando ações pedagógicas da SEMED. 

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