segunda-feira, 3 de julho de 2017

Prefeitos conseguem apoio do Governador e de demais autoridades do estado para implantação do Consórcio de Segurança Pública da Baixada

Vilela cobrou aumento do efetivo policial do 24° batalhão e participará de agenda em Brasília para solicitar reforço também no policiamento nas rodovias federais

Felipe Carvalho - Unir forças e traçar medidas conjuntas que contribuam para reduzir a violência. Preocupado com essa questão, o prefeito de Queimados, Carlos Vilela, decidiu se juntar a mais sete gestores da Baixada para criar um Consórcio Regional de Segurança Pública. Nesta segunda-feira (3), a iniciativa ganhou o apoio do Governador Luiz Fernando Pezão e das demais autoridades de segurança do Estado, que participaram do encontro promovido para discutir o tema, na sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (CISBAF), de onde surgiu a proposta.

A ideia principal seria a criação de uma central de monitoramento da Baixada em que as câmeras estariam ligadas à central do estado. A iniciativa não só foi aprovada pelo governador Pezão, pelo secretário de Estado de Segurança, Antônio Roberto de Sá, pelo Subchefe Operacional de Polícia, Fernando Antônio Albuquerque e pelo Comandante Geral da Polícia Militar, Walney Dias Ferreira, como também ganhou o apoio dessas autoridades.

O saldo do encontro foi uma agenda dos prefeitos com o Governador na próxima semana em Brasília para debater as políticas de segurança nacional, principalmente o aumento do efetivo nas rodovias, como a Presidente Dutra, a BR 040 e o Arco Metropolitano. Os gestores estaduais ficaram de retornar ao CISBAF em uma outra data, ainda a ser definida, para assinarem junto com os prefeitos um protocolo de intenções como parceiros formais  da criação do Consórcio Intermunicipal.

De acordo com o Governador Luiz Fernando Pezão, o pleito do estado junto com os prefeitos em Brasília será para que pelo menos 300 policiais rodoviários federais cheguem para reforçar o policiamento nas principais rodovias que cortam o estado. Segundo ele, elas são as principais portas de entrada para a chegada de armamento. “Segurança virou problema para todos, vemos jovens à mercê do tráfico, portando pistola e granada. Não vou fugir da minha responsabilidade, o estado não vai bem, mas temos perspectiva de sair da crise. Se tivermos as cidades da Baixada com a gente, teremos mais força para fazer pressão em Brasília. Há dois anos, estamos pedindo o reforço da Polícia Rodoviária”, disse.

Já o secretário de Estado de Segurança, Antônio Roberto de Sá, levantou a possibilidade da estadualização do Arco Metropolitano. “A ideia é levarmos um pleito para que a união enxergue seu papel de forma mais consistente. Temos um efetivo da policia rodoviária federal que tem atribuição legal e constitucional de patrulhar a rodovia muito aquém do necessário. No caso do Arco Metropolitano, a estadualização pode ser uma opção, hoje há uma indefinição. O estado quer que a união assuma ou que se estadualize, para que possamos fazer uma concessão e, assim,  investir não só em iluminação, como na urbanização no entorno e até mesmo no patrulhamento. Precisa ser definido logo quem vai ficar com essa responsabilidade”, frisou.

Vilela cobra mais efetivo policial

O Prefeito Carlos Vilela vê a iniciativa do Consórcio de Segurança Pública importante não só para Queimados, mas para toda a Baixada, porque entende que a questão da violência é um tema que deve ser tratado muito além da esfera municipal. Segundo ele, boa parte das armas e drogas chega por meio das fronteiras. “Nosso principal problema é a falta de efetivo policial. Não dá para um batalhão que cuida de cinco cidades contar com menos de 500 policiais. Precisamos de pelo menos mais 100 homens para combater a criminalidade”, destacou.

Durante sua fala, Vilela ainda destacou a atuação da Prefeitura de Queimados como força auxiliar na segurança. “Ampliamos nosso sistema de iluminação pública, asfaltamos os principais acessos às comunidades, fizemos o concurso para a Guarda Municipal, estamos na fase de exames médicos e temos um projeto  para implantarmos a Central de Monitoramento por Câmeras em toda a cidade, na fase de captação de recursos para a sua execução”, revelou.

Além de Queimados, vão participar do Consórcio de Segurança Pública da Baixada Fluminense os municípios de:  São João de Meriti, Nilópolis, Magé, Seropédica, Mesquita, Japeri e Nova Iguaçu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixe aqui seu comentário sobre esta notícia.