Prefeitura
oferece atendimento gratuito na rede pública municipal de saúde. Sala de
Infusão conta com balão de oxigênio e materiais para intubação
Foto: Thiago Loureiro |
Aline Lopes- O município de
Queimados é pioneiro no tratamento de doenças genéticas raras na Baixada
Fluminense e o trabalho sério realizado pela Prefeitura nesta área já começou a
render bons frutos. Primeiro paciente da sala de infusão da cidade, o pequeno Maxuel
do Nascimento, de apenas cinco anos, vem apresentando melhoras significativas
em seu quadro de saúde, após iniciar o procedimento de reposição da enzima
idursulfsase beta, peça-chave no tratamento da doença rara Mucopolissacaridose
- MPSII, também conhecida como Síndrome de Hunter.
Foto: Thiago Loureiro |
A sala de infusão foi
inaugurada há três meses e funciona dentro do Centro Especializado no
Tratamento de Hipertensão e Diabetes (CETHID). A estrutura conta com balão de
oxigênio, maca, bomba de infusão, respirador, medicamentos para emergência,
materiais para intubação específicos, ventilação mecânica e monitores de
vigilância. Além disso, uma equipe formada por dois médicos (geneticista e uma
neuropediatra), enfermeiros e técnicos especializados fica à disposição do
paciente em cada sessão.
Para a Secretária Municipal
de Saúde, Drª Lívia Guedes, é gratificante poder
disponibilizar esse tratamento para a população. “Sem o medicamento – que custa
em média R$ 1 milhão por ano e é importado da Ásia –, funções essenciais do
corpo ficam comprometidas. Sabemos que esse tipo de processo é muito caro,
então poder fornecer esse serviço em nosso município me deixa muito feliz”,
disse.
Foto: Thiago Loureiro |
De acordo com o geneticista
Dr. João Gabriel Daher a doença rara do pequeno Maxuel é causada por uma
informação genética incorreta que leva à falha de produção de uma substância
(enzima) importante para certas reações químicas no organismo. “Com essa
infusão, o paciente que antes apresentava dificuldades para andar, brincar, se
alimentar, ou seja, levar uma vida normal, pode conseguir realizar tudo”,
afirmou ele lembrando que não há cura para a patologia, mas que existe um
controle sobre ela.
Família comemora avanço
Foto: Thiago Loureiro |
Foto: Thiago Loureiro |
A história de superação
de Maxuel começou logo nos primeiros dias de vida com a perda da mãe. Desde
então, a tia Maria Cristina do Nascimento, de 46 anos, com quem ele vive no
bairro Vilar Grande, é a responsável pelo menino. Segundo ela, após iniciar o
tratamento, o sobrinho já obteve melhoras significativas. “Já cresceu 7 cm, se
alimenta melhor, está respirando com mais facilidade, brinca, fala mais. Ele
não tem mais medo de realizar as atividades cotidianas, vai no pula-pula, na
piscina sem problemas nenhum”, comemora.
O caso de Maxuel coloca
o município de Queimados na história como a primeira cidade da Baixada a
realizar esse tipo de tratamento fora de um Centro Universitário. Interessados
no tratamento, basta procurar o setor de regulação municipal de saúde - (R.
Onze, s/nº – Pacaembu) - em posse de encaminhamento médico. Outras Informações:
21 2665-6952.
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