Coordenadoria de Políticas Públicas para as mulheres realiza trabalho diferenciado de proteção e atendimento humanizado às vítimas no município
Rafaela Diniz - A violência familiar é um problema global. O índice de mulheres que sofrem algum tipo de agressão (verbal, física, emocional, sexual ou negligência ativa ou passiva) é grande, ainda mais, contando os casos que não são denunciados. Esse foi o tema do Primeiro Seminário Sobre Violência Doméstica Contra a Mulher, realizado na última terça-feira (30), em Nilópolis. A prefeitura de Queimados, representada pela Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres participou do evento, que contou com a presença de outros municípios da Baixada.
Durante o evento foram abordados temas como o atendimento humanizado às vítimas, as medidas protetivas à mulher para resguardar sua segurança, os tipos de violência que a mulher pode sofrer e as estatísticas de violência familiar na Baixada Fluminense.
A Coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres de Queimados, Eliana Leôncio, explicou a importância do trabalho com as vítimas e porque os equipamentos da rede de atendimento devem estar sempre preparados para atender a vítima. “O índice de violência contra a mulher é assustador. Muitas delas não denunciam, seja por medo ou por estar passando por um dos ciclos da violência que chamamos de ‘lua de mel’. Precisamos que essas mulheres tenham coragem de denunciar seu agressor e que leve o processo até o fim, rompendo assim o ciclo de violência que sofrem”, disse.
Atendimento especializado
O Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) é uma instituição de defesa, apoio e orientação às mulheres em situação de violência. Tem por missão, acolher atender e fazer encaminhamentos a todas as mulheres que sofrem violência, para as instituições das redes de atendimento especializadas. É através dele, que muitas mulheres vítimas da violência familiar, encontram conforto e apoio para denunciar seus agressores.
O CEAM Queimados está funcionando normalmente. Localizado à Estrada do Lazareto, 88 – Centro, faz o acompanhamento das mulheres que são encaminhadas pela rede de atendimento.
“É importante que essas mulheres saibam que, todo e qualquer atendimento realizado aqui é extremamente sigiloso, garantindo assim a segurança e privacidade dessas vítimas. A gente trabalha com a base, fortalecendo essa mulher, melhorando sua autoestima, assim ela entende que é possível romper com o ciclo de violência em que se encontra”, explica Dalexiany Moraes, psicóloga do CEAM Queimados.
Além de contar com o CEAM, a mulher que se encontra em situação de violência, pode ligar para o número 180, que funciona 24h por dia, todos os dias, incluindo finais de semana.
Segundo Isabela Plouvier, assistente social do CEAM Queimados, muitos atendimentos feitos no órgão são de encaminhamentos do disque 180. “Atendemos aqui diversas usuárias encaminhadas pelo 180. É importante que elas saibam que ligar pro número dá sim resultado. Temos que fortalecer ainda mais a rede. Precisamos que essas mulheres se sintam seguras para denunciar seus agressores. A mulher pode contar com a Lei Maria da Penha, que é o dispositivo legal que nos ajuda a combater a violência”, explica.
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