quinta-feira, 11 de maio de 2017

Queimados recebe prévia do I Fórum Estadual dos Segmentos artísticos do Estado do Rio

Evento reuniu classe artística da cidade para debater políticas públicas na área

Dine Estela - Ter um museu, registrar seu patrimônio material e imaterial e criar programas de cultura, estas foram algumas das reivindicações da classe artística da cidade de Queimados na prévia do I Fórum Estadual dos Segmentos Artísticos que aconteceu na última quarta-feira, 10, no teatro Delcy de Souza, no bairro São Roque. Além dos ativistas culturais locais, o encontro contou também com o auxílio de conselheiros estaduais de cultura  e representantes do Governo Federal. As prévias estão sendo realizadas nas dez regiões do Estado e na próxima semana serão realizadas em Nilópolis e Duque de Caxias, com vistas a realização do Fórum Estadual dos Segmentos Artísticos no final deste ano.

O Secretário Municipal de Cultura de Queimados, Marcelo Lessa, ressaltou a importância do Plano Municipal dos Segmentos Artísticos, além do Plano Municipal de Cultura para que os projetos possam se manter na agenda cultural da cidade. “Até hoje temos realizados vários eventos que mereciam estar na agenda fixa de eventos da cidade com A de eterno”, no entanto, vai depender da vontade política dos próximos governantes a manutenção dos mesmos se não aprovamos este plano”, observou.

Vice Machado Laz representou o
prefeito Vilela no encontro
A tese do secretário foi abalizada pelo presidente do conselho municipal de cultura, Fabrícius Caravana, que também é ativista cultural na cidade e dirige uma casa de umbanda que já tem 103 anos e está na lista dos patrimônios materiais e imateriais a serem catalogados pela cidade. Ele ressaltou que o Plano Municipal de Cultura já existe, assim como o Fundo Municipal de Cultura, bastando apenas ser aprovado pela Câmara Municipal. “Nossa parte está sendo feita, criamos um plano municipal, um fundo e agora precisamos oficializar isso através de Leis para garantir o repasse de recursos para esta pasta” destacou.

A criação de programas, fundos e acima de tudo, das Leis é o caminho certo para a chegada de recursos, explicou a Chefe do setor de políticas culturais do estado, que está organizando as prévias, Cleise Campos. “Nossa grande intenção ajudar os municípios a conseguirem os investimentos de médio e longo prazo para garantir uma política de cultura de fato e de direito. Estamos inscrevendo os planos setoriais de cada segmento, além do fundo estadual com vistas à chegada dos recursos. Mas para as cidades terem recursos financeiros é preciso ter um plano orçamentário”, analisou.

O reconhecimento dos movimentos culturais da cidade que se mantêm sozinhos à duras penas foi uma esperança para muitos ativistas culturais como Eurídice Ambrósio que lidera o grupo Afro-cultural Aganju há mais de 30 anos. “Sempre trabalhamos sozinhos sem nenhum respaldo do poder público exatamente pela falta de recursos e um programa cultural. São atividades que ajudam a manter viva a memória cultural de um povo e que não deveriam ser negligenciados. A cidade conta com vários grupos de quadrilhas juninas, grupos de jongo, capoeira, teatro, folias de reis além de personalidades e espaços que poderiam torna-se patrimônio material e imaterial da cidade que já tem mais de 150 anos de história para contar. Esperamos que este Fórum faça este reconhecimento justo”, concluiu.


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