Professores da rede municipal recebem palestra motivacional
Dine Estela: Ideias como: “Não
basta querer, tem que acreditar” e “Nada é impossível quando você tem um sonho”,
foram as mensagens deixadas pelo professor-doutor da UFRJ, Armando Nembri, através
da palestra: “Relações Humanas, inclusivas e solidárias,” dirigida aos
professores das salas de recursos, intérpretes de libras e cuidadores da rede
municipal de educação de Queimados nesta segunda, 15 de maio no Teatro
Municipal.
Mesmo sem enxergar quase
nada e escutar menos ainda, por conta da rara síndrome de Goldenhar, o
professor canta, encanta e ensina mundo afora como desafiar os próprios limites
e se incluir na sociedade em que vive. “Nasci assim, vou morrer assim, mas
posso fazer a diferença no meio em que vivo porque tenho fé na vida e nas
pessoas e no seu poder de se adaptar. Este foi o ensinamento de minha mãe e que
eu demorei a entender, mas depois que entendi a mensagem, tudo na minha vida
começou a dar certo. Hoje realizo palestras pelo mundo e acho que ajudo muitas
pessoas a acreditarem em si mesmas”, enfatizou. O professor-doutor está com
agenda cheia para os próximos meses. Nesta sexta estará em Belém, 29 de maio na
Casa Rui Barbosa e em julho volta à Europa para participar de um congresso.
A palestra de
motivação educacional mostrou como a tornar as diferenças em apenas um detalhe, explicou a coordenadora do
dep. De Educação Especial Leticia Barbosa. “A palestra dele é incrível e faz
com que nossos problemas pareçam tão pequenos diante das dificuldades que ele
sempre teve para se comunicar, e, no entanto, conseguiu vencer na vida. Não
poderia deixar de trazê-lo para nossa cidade”, destacou.
Além de interagir o
tempo todo com a plateia e até dar uma palinha tocando uma música no teclado ao
final da palestra, o professor Armando encantou o público de professores e
cuidadores de alunos especiais. “Foi incrível ver um surdo falar e interagir
tão bem com a plateia. Ainda não trabalhei com alunos surdos, mas já posso acreditar
no seu potencial educacional, basta um bom estímulo”, observou a cuidadora de
alunos especiais da Escola Municipal Ana Maria dos Santos Perobelli, Katya
Palheta.
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